Apesar da guerra na Ucrânia, a Inditex não estremeceu e fechou o primeiro trimestre do ano com resultados que podem ser similares ou até superiores ao valor recorde do grupo, situado em 734 milhões de euros.
O banco JP Morgan é o mais otimista e sublinha que a gigante espanhola fechou o primeiro trimestre, a 30 de abril, com vendas de 6.434 milhões de euros, 31% mais do que no mesmo período do ano passado e 9% acima de 2019, avançou o jornal espanhol Expansión, citado pelo portal modaes.es.
O aumento nas vendas levará a retalhista de fast fashion, segundo o JP Morgan, a registar o maior lucro da sua história num primeiro trimestre. A instituição financeira antecipa que o resultado da Inditex neste período se situa em 955 milhões de euros, o dobro do que nos três primeiros meses de 2021 e bem acima do resultado evidenciado em igual período de 2019, quando faturou 734 milhões de euros.
No caso do CaixaBank, as previsões apontam para que as vendas da Inditex no primeiro trimestre do ano ascendam a 6.277 milhões de euros. Embora a estimativa para o volume de negócios assinala um recorde histórico, os lucros neste período deveram cifrar-se em 724 milhões de euros, 10% abaixo do resultado do grupo no primeiro trimestre de 2019.
As três instituições financeiras estimam que 2022 será um ano promissor para a Inditex, apesar do encerramento das lojas na Rússia, um mercado que responde por 8,5% do volume de negócios da empresa. Em particular, o JP Morgan refere que este fecho na Rússia subtraiu cinco pontos na faturação do grupo no primeiro trimestre. O Goldman Sachs também prevê um impacto semelhante, enquanto o CaixaBank eleva o valor para 6,5% das vendas da retalhista espanhola.
Já a Goldman Sachs afirma que «os dados indicam que a Zara está a ganhar quota de mercado nos EUA e em diferentes mercados europeus», não deixando ainda de valorizar «a menor exposição» do grupo à compra de produtos na Ásia.