O crescimento registado no período entre 1 de fevereiro e 30 de abril de 2022 é atribuído, pela Inditex, a uma recuperação acentuada do tráfego em loja e à boa recetividade das novas coleções das suas sete marcas. Este aumento foi praticamente transversal a todos os mercados, com a exceção da Ucrânia e da Rússia, onde as vendas da gigante espanhola estão suspensas desde 24 de fevereiro e 5 de março, respetivamente, e da China, onde 67 lojas foram afetadas pelos recentes confinamentos relacionados com a pandemia.
A Inditex realça ainda, em comunicado, o forte crescimento do mercado americano, que cimentou a sua posição como o segundo maior para a retalhista, e das vendas online, que apesar de terem caído 6% em termos anuais, «consolidam quase todo o crescimento de 67% registado no primeiro trimestre de 2021».
Em relação ao segundo trimestre, as perspetivas são igualmente positivas. «As coleções primavera-verão receberam uma resposta excelente dos clientes do grupo. As vendas aumentaram 17% a câmbios constantes entre 1 de maio e 5 de junho de 2022».
Analistas preocupados
Os resultados ficaram em linha com as expectativas dos analistas da JP Morgan, Goldman Sachs e CaixaBank, mas vários manifestaram a sua preocupação com a capacidade da especialista em fast fashion continuar com aumentos de preços sem afetar a procura. «Acredito que a Inditex vai aumentar mais os preços à medida que o ano avança, tendo em conta as questões abrangentes de custos na indústria, mas a reação do consumidor a isso é ainda um grande ponto de debate», aponta Adam Cochrane, analista do Deutsche Bank à Reuters.