Indicadores mantêm tendência negativa

De acordo com a análise dos dados preliminares disponíveis no Instituto Nacional de Estatística (INE), o défice da balança comercial de Portugal ficou cifrado em 13,37 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2023.

Este valor evidencia um decréscimo de 6,2% em relação ao défice da balança comercial registado em igual período de 2022, resultado de uma subida de 3,3% no total das exportações portuguesas de bens, enquanto as importações cresceram 0,8% no período de janeiro a junho.

Excluindo os “combustíveis e lubrificantes”, o défice da balança comercial de Portugal situou-se nos 9,71 mil milhões de euros no conjunto dos primeiros seis meses do ano, evidenciando um agravamento de 13,9% em relação ao valor registado em igual período de 2022. Este resultado surge na sequência de um aumento de 5,8% nas exportações e de 7,4% no valor das importações. Excluindo os produtos energéticos, e com base na perspetiva dos desempenhos por região, verificou-se, no primeiro semestre, uma subida homóloga de 4,9% no valor das exportações destinadas ao mercado intracomunitário e de 8,4% nas exportações destinadas ao mercado extracomunitário. Do lado das importações de Portugal, as procedentes de mercados intracomunitários aumentaram 11,1%, enquanto as provenientes de origens extracomunitárias diminuíram 5,2%.

Análise do CENIT com base nos dados do INE

Em termos específicos para a indústria do têxtil e do vestuário, analisando a evolução em período homólogo do índice de volume de negócios na indústria (INE) para o mês de maio, a análise do CENIT evidencia uma descida de 12,9% no sector têxtil e uma redução de 1,6% no sector do vestuário. Ao nível das indústrias transformadoras foi sentida uma diminuição de 1,0% em relação ao mês de maio de 2022. Em termos da evolução em cadeia, houve um acréscimo de 18,0% no sector têxtil e de 12,9% no sector do vestuário, tendo sido registada uma subida de 15,5% nas indústrias transformadoras.

Análise do CENIT com base nos dados do INE

Relativamente à evolução em período homólogo do índice de produção industrial (INE) para o mês de maio, evidencia-se uma queda de 9,4% no sector têxtil (esta é a 18.ª variação homóloga negativa consecutiva) e de 12,8% no sector do vestuário. Ao nível das indústrias transformadoras foi registada uma descida de 3,8% em relação ao mês de maio de 2022. Em termos da evolução em cadeia, sentiu-se um aumento de 21,1% no sector têxtil e de 2,9% no sector do vestuário, tendo-se verificado uma subida de 15,1% nas indústrias transformadoras.

Menos trabalho

Os dados para a variação homóloga do índice de emprego na indústria (INE) evidenciaram, em maio, uma quebra de 2,1% no sector têxtil e de 1,0% no sector do vestuário. Nas indústrias transformadoras foi registado um aumento de 0,7%. Relativamente à variação em cadeia, entre os meses de abril e maio, o índice de emprego na indústria diminuiu 0,2% no sector têxtil e 0,1% no sector do vestuário, tendo aumentado 0,3% nas indústrias transformadoras.

Análise do CENIT com base nos dados do INE

De acordo com os dados do INE para a variação homóloga do índice de horas trabalhadas na indústria, foi registada em maio uma descida de 2,5% no sector têxtil e de 2,6% no sector do vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras verificou-se uma subida de 1,0% em relação a igual período de 2022. Ao nível da variação em cadeia, houve aumentos de 14,0% no sector têxtil e de 13,6% no sector do vestuário, entre abril e maio, enquanto nas indústrias transformadoras a subida foi de 14,4%.

Análise do CENIT com base nos dados do INE

O índice de preços na produção industrial (INE), registou em termos homólogos no mês de junho uma redução de 0,2% ao nível do sector têxtil e um incremento de 1,2% no sector do vestuário. Este indicador registou uma descida homóloga de 4,0% ao nível das indústrias transformadoras em junho. Na variação em cadeia, entre os meses de maio e junho, verificou-se uma diminuição de 0,7% no sector têxtil e de 0,1% no sector do vestuário, enquanto nas indústrias transformadoras o índice registou um decréscimo de 0,8%.

Relativamente à variação homóloga do índice de preços no consumidor (INE), foi registada no mês de julho uma subida de 2,4% ao nível dos têxteis de uso doméstico e de 0,6% nos artigos de vestuário. Analisando a evolução em cadeia, na comparação com o mês de junho, sentiu-se uma diminuição de 1,3% nos têxteis de uso doméstico e de 14,9% nos artigos de vestuário.

O indicador de clima económico do INE registou em julho (+1,5%) uma descida da perceção positiva por parte das empresas, reforçando a evolução negativa verificada desde o mês de maio. Por seu lado, o indicador de confiança da indústria transformadora do INE aumentou em julho a perceção negativa das empresas (-9,0%).