De acordo com os dados alfandegários preliminares da UE, ao longo de 2004, as importações de fio de algodão na categoria 1 do SIGL (Sistema Integrado de Gestão de Licenças), registaram uma diminuição em termos de volume, relativamente aos valores registados em 2003 (ver notícia no PT).
Os dados preliminares provêm do nível de importações autorizadas nas alfândegas da UE, na medida em que praticamente todos os principais países fornecedores foram obrigados a obter a aceitação das mercadorias exportadas para a UE até ao dia 1 de Janeiro de 2005, com a excepção da Turquia e do Egipto.
Entre os aspectos com maior relevo em 2004, encontra-se a diminuição registada nas importações de fios de algodão com origem na Síria. Após uma subida de 202% em 2002 e de 51% em 2003, as importações com origem na Síria registaram uma quebra de quase 40% em 2004, cifrando-se nas 33.200 toneladas.
Face a esta evolução negativa, a Síria já não ocupa a posição de segundo principal fornecedor da UE em termos de volume após a Turquia. A Índia beneficiou do pior desempenho das importações da Síria, registando uma evolução positiva de 6% nas suas exportações para a UE, ultrapassando o volume de exportações da Síria.
No entanto, o aumento do volume de vendas do fio indiano apenas reflecte o alargamento comunitário a 10 novos Estados Membros (ver notícia no PT). A quota da Índia registou uma subida de 22% em 2004, tendo em consideração o volume registado nas exportações indianas para os dez novos países comunitários.
A Índia não utilizou a sua quota por completo, registando uma taxa de utilização de 90% no final do ano, o que contrasta com as taxas de utilização de 108% e de 104% registadas respectivamente em 2002 e 2003. Os principais países de destino do fio indiano foram a Itália e a Alemanha.
Outros fornecedores asiáticos foram prejudicados com a quebra de vendas para a UE em termos de volume, apesar do alargamento do mercado para 25 países. As importações com origem no Paquistão e no Uzbequistão registaram quebras de 15%, enquanto as importações com origem na Indonésia e na Tailândia chegaram a atingir quebras de 24%.
Também o Brasil e a Rússia registaram uma diminuição no volume das exportações, registando quebras de 75% e de 45% respectivamente.
Contrastando com o desempenho das importações de diversos fornecedores tradicionais, as importações comunitárias de fio de algodão com origem na China registaram uma subida de 261%. No entanto, em termos absolutos, os volumes registados são menores do que os restantes fornecedores. As importações com origem na Chia registaram um volume de 1.264 toneladas, um valor muito abaixo das 50.000 toneladas importadas da Índia.
Considerando os diversos Estados Membros, a Itália é de longe o principal importador, seguida de Portugal, Alemanha e Grécia.