Na região da Ásia-Pacífico, o volume das transações no mercado imobiliário ao longo do ano subiram 29% em relação a 2012, atingindo os 126,7 mil milhões de dólares e superando o recorde anterior de 120,5 mil milhões de dólares registado em 2007. Stuart Crow, diretor de mercados de capitais da Ásia-Pacífico na Jones Lang LaSalle, declarou ao jornal The Nation que «2013 provou ser um ano excecional para os mercados imobiliários comerciais da Ásia-Pacífico, superando as nossas expectativas revistas de 120 mil milhões de dólares. A procura prevaleceu apesar das preocupações macroeconómicas em torno das perspetivas de crescimento da China, da estabilidade da UE e da estratégia fiscal do governo dos EUA. À medida que o mercado ganha uma maior clareza sobre estas questões, espera-se uma perspetiva de crescimento mais estável, a qual deverá levar a que a atividade em 2014 ultrapasse a de 2013». O crescimento recorde do ano passado foi impulsionado pelos principais mercados da região, nomeadamente: Japão, China, Austrália e Singapura, à medida que o sentimento dos investidores aumentou com as melhorias tanto na dívida como nos mercados de ações. Ao longo do ano, o volume de transações em cada trimestre registou uma melhoria em relação ao período homólogo de 2012. O ressurgimento do mercado japonês foi um dos principais fatores para o crescimento em 2013, com um aumento anual de 67%, reestabelecendo a sua posição como o terceiro mercado mais ativo do mundo após os EUA e o Reino Unido. Foram também alcançados níveis recorde de investimento na China, Austrália e Singapura, com aumentos anuais de 66 %, 30% e 40%, respetivamente. Megan Walters, diretor de pesquisa para os mercados de capitais da Ásia-Pacífico na Jones Lang LaSalle, afirmou que «dada a força do sentimento do investidor e da procura em curso, esperamos que durante 2014 os mercados tenham um desempenho tão bom, se não melhor do que o de 2013». O volume de transações no Japão chegou aos 12,2 mil milhões de dólares no quarto trimestre de 2013, elevando o total do ano para 41,7 mil milhões de dólares, 69% acima do registado em 2012. Em moeda local, os valores em termos de ienes duplicaram os de 2012. No mercado australiano, a procura aumentou por parte dos investidores estrangeiros e nacionais, levando a um forte crescimento, com os volumes de transações a atingirem os 6,4 mil milhões de dólares no quarto trimestre, um aumento de 62% em relação ao último trimestre de 2012, enquanto os volumes do ano inteiro estabeleceram um novo recorde de 21,9 mil milhões de dólares, um aumento de 33% em relação a 2012. A atividade de investimento na China também estabeleceu novos recordes, tanto em base trimestral como anual, com o volume das transações a atingir os 8,5 mil milhões de dólares no último trimestre e os 25,1 mil milhões de dólares no final do ano, evidenciando um aumento de 71% em relação a 2012. A China é o segundo maior mercado da região em termos de volume de transações. A atividade de investimento em Singapura registou 3,3 mil milhões de dólares no último trimestre de 2013 e estabeleceu um novo recorde anual nos 11,8 mil milhões de dólares, um aumento de 40% em relação a 2012. As condições de investimento em Hong Kong diminuíram, com o volume em 2013 a descer 35% em relação a 2012, para os 7,3 mil milhões de dólares. Com grande parte da atividade institucional dos grupos de Hong Kong focalizada nos mercados transfronteiriços, a maior parte da atividade doméstica surge de utilizadores finais e de investidores locais e da China continental.
