Idepa tem novas soluções

Do branding ao automóvel, a Idepa está ativamente a desenvolver novos produtos para todas as áreas em que atua. Os materiais sustentáveis são, atualmente, um dos focos da empresa de São João da Madeira, que exporta 50% do seu volume de negócios, sobretudo para a Europa.

Com a atividade dividida em cinco áreas – branding, onde produz etiquetas, fitas e elásticos para vestuário; automotive, com etiquetas e elásticos para o sector automóvel; promo, que inclui fitas e porta-chaves; fios, nomeadamente recobertos; e a área mais técnica, que tem sido reforçada nos últimos tempos, onde se destacam cintas, fitas e elásticos para cadeiras de bebé, capacetes, escadotes, estores e mochilas –, a Idepa tem vindo a diversificar o seu portfólio. «Trabalhamos para todos. Quando faço a gestão com a equipa comercial, costumo dizer que em qualquer sítio temos um produto que conseguimos vender», afirma Nuno Almeida, coordenador de vendas da Idepa.

Portefólio a crescer

Na terceira presença consecutiva na Techtextil, a Idepa exibiu as suas fitas em poliéster de alta tenacidade e fitas de polipropileno e realçou a produção de artigos com costura e corte, nomeadamente os arneses para cintos de cadeiras de bebé e capacetes. «Não sendo uma inovação, é um produto que estamos a desenvolver e a fabricar na empresa», justifica o coordenador de vendas da empresa. Produtos que acrescentam valor às fitas, tendo em conta os requisitos que têm de cumprir. No caso das cadeiras de bebé, nomeadamente as que acoplam a bicicletas, tem a ver com «a resistência e a boa construção da fita, assim como a questão das costuras. São coisas mesmo muito técnicas, que dão fiabilidade e durabilidade à fita», explica ao Portugal Têxtil. A oferta da empresa complementou-se ainda com as fitas de barreira – habituais em aeroportos, por exemplo.

Para o futuro, são as fibras e os materiais sustentáveis que estão na mira da Idepa. «Estamos a apostar nos poliésteres reciclados. Começamos a perceber para onde o mercado vai e como vamos conseguir aplicar isso no nosso sector», revela Nuno Almeida. Em desenvolvimento está já uma precinta em poliéster reciclado. «Gostávamos de chegar aos elásticos, acho que pode ser um dos próximos passos», aponta o coordenador de vendas, sublinhando, contudo, que «toda a nossa inovação, mais do que inventiva, é feita muito mais com base num perfil de cliente que nós queremos ou que tenham essa necessidade».

Diversificar geografias

As vendas da empresa, que possui um efetivo de cerca de 160 pessoas, estão divididas de igual forma entre Portugal e o resto do mundo, sendo que a Alemanha, França e Espanha constituem os principais mercados da especialista em acessórios têxteis. «Vendemos para quase todos os países na Europa», assegura Nuno Almeida, acrescentando que «também vendemos alguma coisa para a América Latina».

«Como fornecedores de acessórios conseguimos estar em todos os países. Procuramos mercados onde estão as nossas marcas e os nossos clientes-alvo, assim como clientes já existentes. E tentamos acompanhá-los, no caso de haver deslocalização deles, porque trabalhamos para os fabricantes», indica o coordenador de vendas da Idepa, que no ano passado implementou com sucesso um projeto Kaizen.

Explorar o mercado americano é, neste momento, um dos objetivos da empresa. «Achamos os EUA um mercado muito apetecível, principalmente na parte técnica tem uma dinâmica muito grande», confessa Nuno Oliveira.

Depois de um ano de 2018 de crescimento – a produção aumentou para 68 milhões de etiquetas e 16 milhões de metros de fita –, a mesma meta mantém-se para o corrente ano. «Vemos o crescimento nas nossas áreas todas. É como os investimentos, tentamos crescer em paralelo. Não queremos estar a investir numa área em prol de outra», conclui o coordenador de vendas da Idepa.