É o caso do iP Vest, um fato inteligente que alerta e protege os profissionais dos sectores da energia e das telecomunicações de riscos externos, desenvolvido CeNTI, o CITEVE, a Scorecode e a Viatel, que deverá ser comercializado a partir do próximo ano, ou das estruturas com base em lã capazes de conferir proteção térmica, química e elétrica desenvolvidas pela Penteadora em parceria com a plataforma Fibrenamics.
Já a JF Almeida, em parceria com a Têxteis Penedo e CITEVE, desenvolveu mantas e cortinas com propriedades antimicrobianas e o ISQ, juntamente com a Optimal Structural Solutions, o INEGI e a Stratosphere, está a desenvolver materiais compósitos para o sector aeronáutico. A Fitexar, por seu lado, está a incorporar óleos essenciais em fibras.
A inovação nacional foi, de resto, premiada nos iTechStyle Awards 2020, que reconheceu os desenvolvimentos da TMG, Têxteis Penedo, Bordados Oliveira, Flexefelina, Brandbias e A. Sampaio.
Lá fora, investigadores da Chalmers University of Technology, na Suécia, desenvolveram uma linha de celulose com propriedades condutoras de eletricidade que abre novas possibilidades para os têxteis eletrónicos, investigadores finlandeses desenvolveram painéis solares ultrafinos que podem ser costurados em vestuário, a Polartec está a usar hortelã-pimenta para controlar os odores, a HeiQ lançou um fio celulósico carbono negativo e há quem esteja a fazer poliamida com credenciais mais ecológicas a partir de restos de peixe.
Na tecnologia, a grande notícia surgiu ainda no início do ano, com o anúncio da aquisição da Gerber pela Lectra, que seria concretizada pouco antes do verão.
Também a Smartex teve um ano em grande, com empresas como a Familitex e a Impetus a adotarem a tecnologia portuguesa para deteção de defeitos na tricotagem.