O estudo Impact of Generative AI in Retail and Apparel, da GlobalData, conclui que os retalhistas podem aproveitar a inteligência artificial generativa – que tem sido falada sobretudo pela sua capacidade de criar textos – para melhorar o envolvimento com o consumidor através de interfaces de apoio ao cliente, melhoria da jornada de compra através de recomendações personalizadas de produtos e inspiração com base nos padrões de compra e pesquisa.
As marcas e retalhistas começam, segundo o artigo publicado no Just Style, a integrar a inteligência artificial generativa nas suas operações. A H&M, por exemplo, usa esta tecnologia para ajudar a desenhar coleções pensadas para responder à procura do consumidor. A inteligência artificial generativa reúne dados dos consumidores, assim como os dados das vendas da H&M, para perceber que modelos são mais atrativos para os clientes da retalhista. A nova ferramenta permite tomar decisões proativas sobre novas gamas, em vez de simplesmente reagir, ajudando a prever possíveis futuras tendências e avaliar o sucesso e rentabilidade de determinados produtos.
Já o Kering lançou um assistente pessoal de compras batizado /Madeline usando o Chat GPT para melhorar a experiência do consumidor no marketplace KNXT, um website onde os consumidores podem usar criptomoeda para comprar artigos das marcas do Kering. Os consumidores podem descrever que tipo de artigo estão à procura ou a gama de preço que pretendem e o chatbot fornece-lhes recomendações.
A Marks & Spencer, por seu lado, usa inteligência artificial generativa para poupar custos no design e nas descrições dos produtos, enquanto a Next usa a tecnologia para responder rapidamente aos seus clientes.
Há ainda a preocupação de que as ferramentas possam ser exploradas por entidades menos credíveis para criarem fábricas de desinformação e que surjam mais questões relacionadas com direitos de propriedade intelectual e privacidade, com as empresas a mostrarem-se preocupadas com uma possível fuga de dados.
Consumidores interessados
Um inquérito da GlobalData revela que os consumidores mais jovens têm mais probabilidade de usarem um chatbot para responder a uma questão quando estão a fazer compras online, enquanto os mais velhos tendem a desconfiar mais da tecnologia.
Mais de um terço (35,5%) dos inquiridos afirmou ter pouca probabilidade de usar um chatbot para responder a uma questão sobre um produto ou uma encomenda quando compra online. Contudo, 31,4% referiu ter alguma probabilidade de usar um chatbot e 11,8% respondeu ser muito provável usar a tecnologia.
Quase metade (45,3%) afirmou acreditar que os chatbots oferecem respostas inúteis, enquanto 11,5% consideram que tornam as interações com os retalhistas mais eficientes.