Hugo Boss em contracorrente

Numa altura em que muitos retalhistas e marcas dão conta de um abrandamento ou até queda das vendas, a Hugo Boss destaca-se com uma subida de 15% do volume de negócios no terceiro trimestre, superando os mil milhões de euros.

Naomi Campbell [©Hugo Boss]

As vendas cresceram em todos os mercados e tanto nas marcas Boss como Hugo. No total, o grupo registou um crescimento de 15% das vendas (a câmbios constantes, 10% em euros), para 1.027 milhões de euros, em comparação com os 933 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

Por marca, a Boss Menswear registou uma subida de 12% em termos anuais, enquanto o volume de negócios da Boss Womenswear subiu 24%. Na Hugo, as vendas ajustadas em termos de câmbio aumentaram 25%. O crescimento nas marcas, sublinha o comunicado do grupo, deve-se ao «lançamento espetacular» das coleções para o outono-inverno 2023/2024, que foi acompanhado por duas campanhas de comunicação fortes, tanto na Semana de Moda de Milão como na London Fashion Week, incluindo ainda a contratação de nomes como Naomi Campbell, Maluma e Gigi Hadid, entre outros.

Em termos geográficos, na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), as vendas subiram 12% em termos anuais «face a uma base de comparação particularmente forte, com todos os principais mercados da região a contribuírem para o crescimento», indica o grupo alemão. Nas Américas, o dinamismo acelerou, com uma subida de 22% das vendas, nomeadamente um aumento de 20% nos EUA, e na Ásia-Pacífico, as vendas cresceram 21%. «Esta performance foi impulsionada por melhorias das vendas a dois dígitos tanto no Sudeste da Ásia e Pacífico como na China, com esta última a registar uma subida de 17% das vendas em termos anuais a câmbios ajustados», destaca a Hugo Boss.

Para além das vendas, o grupo registou igualmente uma subida do lucro operacional, que aumentou 12%, para 103 milhões de euros no trimestre.

«Na Hugo Boss, estamos a ver um terceiro trimestre bem-sucedido, marcado por crescimentos a dois dígitos», descreve Daniel Grieder, CEO da Hugo Boss. «Num ambiente de mercado cada vez mais desafiante, mais uma vez afirmamos a nossa posição e ganhamos quota de mercado em todo o mundo, impulsionados por várias das nossas marcas, produtos e iniciativas de distribuição. Aproveitando o nosso forte dinamismo, estamos no caminho certo para atingirmos os nossos objetivos financeiros e fazer de 2023 mais um ano recorde para a Hugo Boss», acrescenta.

Face a esta performance no terceiro trimestre, a Hugo Boss confirmou as suas previsões, que já foram revistas em alta duas vezes durante este ano fiscal. O grupo espera atingir em 2023 um aumento das vendas entre 12% e 15%, para um novo recorde entre 4,1 mil milhões de euros e 4,2 mil milhões de euros. Da mesma forma, a expectativa é que o lucro operacional cresça entre 20% e 25%, para valores entre os 400 e os 420 milhões de euros.