Em coroas suecas, as vendas do grupo H&M entre 1 de dezembro de 2022 e 31 de agosto subiram 8%, para 173,39 mil milhões de coroas suecas (cerca de 14,9 mil milhões de euros), mas em moedas locais, as vendas estagnaram em comparação com o mesmo período do ano passado.
O lucro bruto aumentou para 87,24 mil milhões de coroas suecas, o que representa uma margem bruta de 50,3%, enquanto o lucro operacional subiu para 10,2 mil milhões de coroas suecas, o que corresponde a uma margem operacional de 5,9%, em comparação com 3,9% no mesmo período do ano fiscal anterior. Em termos líquidos, o lucro aumentou 61%, para 7,15 mil milhões de coroas suecas (aproximadamente 614,8 milhões de euros), correspondendo a um retorno de 4,39 coroas suecas por ação.
No último trimestre, de 1 de junho a 31 de agosto, a margem operacional aumentou de 1,6% para 7,8%. «O foco durante o trimestre esteve na rentabilidade e na eficiência do inventário, resultando numa forte liquidez e num bom desenvolvimento do lucro», refere Helena Helmersson, CEO do grupo H&M. «Estamos a dar mais passos para os nossos objetivos e a criar condições para um crescimento rentável ao longo do tempo», acrescenta.
A CEO destacou que «as vendas no terceiro trimestre começaram em força com a recuperação da procura de vestuário de verão, depois de um maio frio na maior parte dos nossos principais mercados. O efeito diminuiu gradualmente durante o verão. Houve um final mais fraco no final do trimestre, com os números comparativos a serem afetados pela reabertura temporária na Rússia em agosto do ano passado».
Quanto ao mês de setembro, as vendas deverão baixar 10% em moedas locais em comparação com setembro de 2022, que irá ser igualmente afetada pelos números registados na Rússia. «O início da estação de outono está a ser retardado porque o mês, até agora, tem sido marcado por temperaturas anormalmente altas em muitos dos nossos mercados europeus», revela Helena Helmersson.
Em termos futuros, «a nossa prioridade continua a ser a oferta ao consumidor», sublinha a CEO, adiantando que os planos para abrir lojas no Brasil em 2025 continuam em curso, assim como os objetivos delineados para 2024. «Os nossos esforços para criar condições para um crescimento rentável em relação aos nossos objetivos a longo prazo estão a levar-nos na direção certa. O programa de custos e eficiência está a avançar a toda a velocidade e vai continuar a ter efeito nos próximos trimestres. Com um forte foco no consumidor, melhor liquidez e maior eficiência do inventário, a nossa meta de ter uma margem operacional de 10% em 2024 prossegue», aponta Helena Helmersson.
Para Nicolas Champ, analista do Barclays, citado pela Reuters, o objetivo de ter uma margem operacional de 10% «é desafiante mais atingível».
Já Vera Diehl, gestora de portefólio na Union Investment, que detém ações da H&M e da Inditex, considera que «se as vendas no seu concorrente basicamente subiram 14% com as mesmas temperaturas [a Inditex registou um aumento de 14% nas vendas entre 1 de agosto e 11 de setembro], para mim isso quer dizer alguma coisa».
No geral, o mercado recebeu positivamente os números da retalhista, com as ações da H&M a subirem mais de 5%, de acordo com a Reuters.