A gigante de artigos de luxo Gucci registou uma queda nos lucros de 97 por cento no primeiro trimestre deste ano, tendo sido atingida pela subida do euro e pelo surto da SARS na Ásia. O terceiro maior grupo de luxo do mundo viu os seus resultados líquidos caírem de 35.5 milhões de euros em 2002 para 1.2 milhões, com uma fraca procura para o vestuário e acessórios de topo de gama, que resultou numa queda de 6,7 por cento nas vendas para 567.1 milhões de euros. Domenico de Sole, director-executivo da Gucci, chegou mesmo a descrever as condições durante o trimestre como a «tempestade perfeita». «Tudo o que poderia correr mal, correu mal», referiu. Ainda assim, Domenico de Sole mostrou-se optimista no que diz respeito ao ano 2004. «A indústria de artigos de luxo enfrentou um grande desafio durante o primeiro trimestre, particularmente em Março e Abril, com a guerra do Iraque e o surto de pneumonia atípica na Ásia, que tiveram um impacto devastador a nível mundial», explicou. Apesar das dificuldades, Domenico de Sole acredita que «a nossa disciplina no que diz respeito ao controlo de custos, assim como a melhoria dos seus lucros em Maio e Junho, devem-se ao aumento do sentimento consumista e a melhores colecções, levando-nos a acreditar que o grupo irá obter melhores resultados na segunda metade do ano».