Segundo declarações do Ministro da Economia ao Jornal de Negócios, o Programa Operacional da Economia será profundamente reformulado, nomeadamente na formulação dos apoios, bem como na sua gestão processual. Confirmando que o POE mantém os seus propósitos de reforço da produtividade e competitividade das empresas, as alterações serão efectivadas através da substituição da lógica de subsidiação por novas formas de parceria, onde se dá particular ênfase à utilização do capital de risco. Neste caso, a lógica de intervenção do Estado deixa de ser de financiamento de projectos, passando antes a desenvolver uma lógica de parceria e partilha de riscos nos projectos candidatos. O ministro salientou ainda, ao mesmo jornal, que as parcerias com o Estado não têm como assunção a intervenção do Estado no desenvolvimento específico dos projectos, surgindo antes como agente regulador de todo o sistema. Com esta reformulação o ministro procura, por um lado cumprir os objectivos do POE e por outro, o sistema permitirá ao Estado a realização de mais-valias, no momento da saída da capital de risco dos projectos que obtiverem sucesso. O ministro espera conseguir desenvolver medidas e instrumentos que venham a substituir os actuais sistemas de incentivos no decorrer do próximo ano. Até lá os sistemas vigentes continuam válidos, exceptuando-se possivelmente o SIPIE que se encontra congelado e para o qual o ministro Carlos Tavares afirma não ver necessidade de recuperar até ao arranque nos novos instrumentos de apoio. Por último, o ministro da economia reafirma a necessidade do país e das empresas continuarem a receber apoios após o fim do terceiro quadro comunitário de apoio, isto é após 2006.