O último mês tem sido pródigo em apostas no metaverso, desde o pedido de marca registada por parte da Victoria’s Secret no metaverso à aquisição por parte da Gucci de um “pedaço de terra” no The Sandbox, um mundo virtual na blockchain Ethereum, passando pela estreia de uma coleção com NFTs (sigla de token não-fungível, que é uma unidade de dados armazenada numa blockchain para certificar a propriedade de um bem digital, como uma imagem, um vídeo, um tweet ou um ficheiro de som) da Roksanda na Semana de Moda de Londres. A marca fundada pela designer Roksanda Ilinčić em 2005 estabeleceu uma parceria com o Institute of Digital Fashion e a Clearpay para criar um NFT com o look final da coleção, um vestido escultural em estampado geométrico.
Para a analista, os NFTs são «perfeitos para a moda no metaverso. A possibilidade de comprar moda, ou “vestuário NFT”, é o equivalente a ter um fato ou um vestido feito à medida. Estas peças de vestuário não só vão permitir às pessoas criarem guarda-roupas virtuais premium para se expressarem no metaverso, como estas versões digitais podem tornar-se mais valiosas do que as suas homólogas reais devido à sua natureza “não-fungível». Prova disso, indica Amrit Dhami, é o que aconteceu com o NFT da Baby Birkin, que foi vendido por um valor superior ao de uma mala Birkin.
Mas não são só os avatares que poderão impulsionar a presença da moda no metaverso. «Longe dos avatares, há igualmente o potencial para desfiles de moda no metaverso, com informação sobre as peças de vestuário sobrepostas na passerelle e os espetadores a serem capazes de verem de mais perto os tecidos em comparação com o que acontece num desfile no mundo físico», conclui Amrit Dhami.