O grupo Galerias Lafayette-Nouvelles Galleries vai dar um novo impulso às suas marcas próprias.
Segundo Paul Delaoutre, que em Setembro passado assumiu a direcção geral do referido grupo francês, esta estratégia visa entrar em segmentos até aqui pouco explorados, nomeadamente no vestuário e nos têxteis para o lar, e proporcionar aos clientes a nossa própria interpretação da moda, devendo ser posta em prática através do destaque a conceder às marcas de distribuidor na nova Maison Lafayette, a inaugurar no próximo mês de Março.
Esta aposta surge na sequência da aquisição da Nouvelles Galleries, em 2000, ano em que as Galerias Lafayette contavam com 11 marcas próprias. Desde esse ano, o grupo vem reforçando as suas marcas, dedicando-lhes desde logo uma equipa autónoma de profissionais, cujo trabalho se acentuou em 2002.
Sob a liderança de Jo Bueters, actual directora comercial de moda feminina das Galerias Lafayette, esta área de negócio tem registado bons resultados, em especial nos segmentos do vestuário para senhora e criança.
Em paralelo, o grupo planeia reforçar a sua presença no mercado estrangeiro, nomeadamente em Atenas, através duma joint-venture com a britânica Harvey Nichols, e em Berlim, onde conta já com uma loja que deverá ser fortemente promovida ao longo do presente ano.
A administração das Galerias Lafayette confia em Paul Delaoutre, que já passou pela La Redoute, para devolver ao grupo o fulgor de outros tempos, em especial no que se refere à rentabilidade dos capitais próprios.
Refira-se a este propósito que, no primeiro semestre de 2003, o grupo Galerias Lafayette-Nouvelles Galleries registou perdas de exploração na ordem dos 8,9 milhões de euros, face aos 300.000 euros de lucro arrecadados no período homólogo em 2002, tendo o respectivo volume de negócios descido 3,7%, para os 862,2 milhões de euros.