Os dados publicados pela organização apontam para uma descida de 2,3% do consumo de têxteis e vestuário em abril de 2023 em comparação com o mesmo mês do ano passado. Esta descida, contudo, equivale a uma queda de 13,4% face a abril de 2019 (ano de referência antes da pandemia).
«Com exceção dos grandes armazéns e lojas multimarca independentes, todos os circuitos de distribuição sofreram uma retração da sua atividade comercial», destaca o comunicado do IFM Panel, uma ferramenta do IFM constituída por mais de 200 redes de lojas e um painel representativo de retalhistas multimarca que abrange todos os circuitos de distribuição em França.
«Em abril de 2023, as vendas nas lojas físicas permaneceram estáveis (-0,7%), enquanto as do comércio online registaram uma retração de 3,9% em comparação com abril de 2022», acrescenta.
Já no que diz respeito aos números conjuntos dos quatro primeiros meses do ano, embora as vendas de têxteis e vestuário se mantenham superiores às do mesmo período de 2022 (+2,7%), a preços constantes não existe praticamente subida (+0,1%). E, face ao período entre janeiro e abril de 2019, há mesmo uma queda de 10,8% em valor.
Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas online combinadas de todos os circuitos de distribuição registaram uma quebra de 4,3% face ao período homólogo de 2022, enquanto a atividade comercial dos pontos de venda físicos beneficiou de um crescimento de 5,7%.
França é o segundo principal destino das exportações portuguesas de têxteis e vestuário, a seguir a Espanha. Entre janeiro e abril deste ano, as empresas portuguesas da ITV exportaram 340,55 milhões de euros para o mercado francês, um valor 3,8% superior ao registado no mesmo período de 2022.
Contudo, tendo em conta apenas o mês de abril, as exportações nacionais de matérias têxteis e suas obras sentiram uma descida de 24,7% face ao mesmo mês do ano passado, de 80,4 milhões de euros para 60,52 milhões de euros. Quando comparado com abril de 2019, há uma subida de 13,8%.