Os resultados definitivos do mês de setembro apresentados pelo Institut Français de la Mode (IFM) apontam para uma queda de 16,4% no volume de negócios dos distribuidores de têxteis e vestuário em comparação com o mesmo mês do ano passado.
O IFM destaca que setembro de 2023 foi o mês de setembro mais quente alguma vez registado na França metropolitana, «o que não favoreceu as vendas». Além disso, aponta, «é preciso relativizar a forte queda das vendas em setembro, tendo em conta que a referência de setembro de 2022 é mito elevada, a queda súbita das temperaturas apoiou a atividade comercial no ano passado».
Em comparação com o período pré-covid, a atividade comercial em setembro de 2023 foi 8,5% inferior à de setembro de 2019. As lojas físicas, tal como o comércio eletrónico, sofreram uma redução das vendas face a 2022: -14,4% e -20,7%, respetivamente.
Em valor, as vendas de têxteis e vestuário nos primeiros nove meses do ano são idênticas às registadas em igual período do ano passado, mas estão em queda a preços constantes. Também face a 2019 estão em queda (-6,9%). Apenas os grandes armazéns registaram um volume de negócios superior aos dos primeiros nove meses de 2019.
Entre janeiro e setembro de 2023, as vendas online para todos os circuitos de distribuição foram inferiores a 7,1% às do mesmo período de 2022, acrescenta o IFM, enquanto a atividade comercial dos pontos de venda físicos registou um crescimento de 1,4%. A quota das vendas online, que foi de 18% em 2022, deverá cair ligeiramente em 2023 face ao ano passado, embora se deva manter superior aos 15% de 2019.
O IFM não divulgou os números do consumo no mercado francês relativos ao mês de agosto, mas em julho as compras de têxteis e vestuário subiram quase 10%, fruto, em parte, de efeitos de calendário e de comparações favoráveis.