Fim da retaliação às bananas

Os Estados Unidos suspenderam no primeiro dia do corrente mês as taxas aduaneiras que haviam imposto a algumas exportações dos países da União Europeia (UE), como retaliação da zona comercial de importação de bananas escolhida pela UE. Tratou-se de uma taxa aduaneira de 100%, agora reduzida para os níveis convencionais, que incidia sobre alguns produtos, entre os quais se encontravam determinadas camisolas, pulôvers, sweatshirts, casacos e roupa de cama de algodão. Saudando esta iniciativa norte-americana, Pascal Lamy, responsável pela pasta do comércio na Comissão Europeia, salientou que «resolvemos este problema e mostrámos que podemos trabalhar juntos na preparação de uma nova ronda de negociações comerciais globais». Na base deste processo, que remonta a Maio de 1996, está a preferência que a UE concede, em termos aduaneiros, às importações de bananas de países ACP relativamente às importações de países da América Latina, onde empresas norte-americanas como a Dole e Chiquita Brands têm interesses económicos. A reacção por parte dos EUA teve não só um impacto negativo na ITV europeia, como pôs em causa o enquadramento do comércio internacional sob alçada da OMC.