A produção total de fibras de poliéster cresceu 9,7% em 2004, e no caso da China disparou muito acima deste valor, de acordo com dados revelados pela empresa de maquinaria têxtil Saurer.
No caso das fibras de poliéster agrafadas, a produção chinesa cresceu 21% para os 4,4 milhões de toneladas, representando uns impressionantes 43% da produção total do ano passado, que atingiu os 10,3 milhões de toneladas. Em relação aos fios de poliéster, a produção chinesa no ano passado aumentou 22%. Do ponto de vista geográfico, a análise da Saurer destaca que as necessidades de fibras da indústria têxtil da Suíça país onde a empresa está sedeada foram satisfeitas num único dia de actividade produtiva em 2004, enquanto na China esse prazo atingiu os dois meses de produção de fibra, afim de cumprir as necessidades deste país. A Saurer refere igualmente que o crescimento da produção global de fibras em 2004 se estendeu a praticamente todos os tipos de fibra. Comparativamente, a produção de algodão, lã e seda aumentou uns notáveis 6,5%, para as 24,1 milhões de toneladas, invertendo assim a queda de 0,1% registada em 2003. Ainda mais flagrante foi o crescimento da produção de fibras manufacturadas a nível global, que aumentou 7,7% em 2004, para o valor recorde de 37,9 milhões de toneladas. Os diversos tipos de fibras manufacturadas foram atingidos por esta expansão, com as fibras de celulose a crescerem 8,1% para os 3,2 milhões de toneladas (nível registado pela última vez em 1990) especialmente devido ao crescimento de 12% na produção de fibras de viscose. No caso das fibras sintéticas, a produção de poliacrílicos cresceu 1% no ano passado, após uma quebra de 1,9% em 2003. O aumento de 5,3% nos fios de filamento de poliamida foi ainda mais notório, atingindo os 3,7 milhões de toneladas, após uma ligeira queda em 2003. No entanto, a produção de poliéster foi de longe a que mais aumentou em 2004, crescendo 9,7% para os 24,5 milhões de toneladas. Neste campo, só o poliéster representou cerca de 37% da produção mundial de fibras em 2004, tendo 65% do total sido manufacturadas. Além do aumento de produção da China, verificaram-se igualmente subidas substanciais noutros países, incluindo de forma surpreendente, os Estados Unidos. Assim, em 2004, a produção norte-americana de fibras de poliéster cresceu 9% para as 900.000 toneladas, número considerável para um país industrializado e cuja indústria têxtil se encontra supostamente em declínio, tendo esta produção ultrapassado mesmo a da Índia, que se cifrou nas 700.000 toneladas (mais 10% do que em 2003). Na Turquia, a produção de filamentos de poliéster expandiu-se significativamente (10%) após vários anos de estagnação, embora o crescimento do fabrico na China tenha inevitavelmente correspondido a quebras noutros mercados de produção. Mais atingida em 2004 foi a indústria de filamentos de poliéster da Coreia do Sul, cuja produção caiu 13% para os 1,1 milhões de toneladas, e como resultado, a capacidade de utilização viu a respectiva taxa baixar mais de 70%. Na Europa do Leste, esta indústria manteve a já habitual tendência de descida, tendo a produção diminuído 6% em 2004, para menos de 400.000 toneladas. Já a produção de fibras manufacturadas na China tem vindo a crescer a par das exportações de têxteis e vestuário deste país. Em 2002, as exportações chinesas de têxteis cresceram 22% em termos de dólares americanos, tendo aumentado 31% em 2003. No que respeita ao vestuário, o padrão de crescimento foi semelhante, com aumentos de 13% e 26%, respectivamente. No que toca à Índia outro dos gigantes do comércio internacional do sector no ano fiscal de 2002/2003, os lucros das exportações da sua ITV atingiram os 11,8 mil milhões de dólares. Claro que, só no primeiro trimestre de 2004, as exportações chinesas se cifraram nuns impressionantes 18,8 mil milhões de dólares!