A Fast Retailing viu as suas acções caírem para 89.44 euros uma descida de quase 16% – e os negociantes acham que podem cair ainda mais. Esta grande descida foi desencadeada depois da empresa ter anunciado que os seus lucros caíram pela primeira vez em 14 anos. As vendas prevê-se que estejam abaixo da nossa anterior estimativa porque o boom da UniQlo acalmou com a redução do montante de compras por pessoa, adiantou um porta voz da empresa japonesa. Os gastos dos consumidores no Japão diminuíram há medida que a segunda maior economia mundial era atacada pela recessão. O desemprego está na sua taxa mais elevada desde a Segunda Guerra Mundial. A inclinação dos nossos clientes para os preços baixos, está a aumentar, acrescentam. A queda nas vendas da Fast Retailing, espera-se que reduzam os lucros em 24% até Agosto de 2002, afirmou a empresa. No passado, o crescimento deste retalhista foi muito forte: as suas acções chegaram a atingir aumentos de 2000% num período de dois anos, atingindo o seu pico em Maio passado. A UniQlo ficou conhecida pela sua roupa barata, de boa qualidade, casual e com preferência para as cores primárias, e muitas vezes chega a ser comparada com a marca Gap. A UniQlo insiste que pretende vender para todos os grupos etários e os seus anúncios publicitários promovem a marca como sendo capaz de vestir adultos de 50 anos bem como jovens de 20. Durante 2001, a empresa japonesa abriu várias lojas no estrangeiro, e atacou principalmente o mercado britânico, já que pretendem ter uma cadeia de 50 lojas no Reino no Unidos até final do próximo ano. Eu quero fazer da UniQlo uma marca de vestuário casual global, tal como a britânica Marks & Spencer e a americana Gap afirmou o presidente da empresa, Tadashi Yanai, quando estava a desvendar a expansão. Mas com uma mão cheia de lojas em Londres, as vendas no estrangeiro ainda estão longe de amparar a Fast Retailing contra a diminuição das vendas no seu próprio mercado. Com oito meses do seu ano financeiro ainda por vir, a Fast Retailing diminuiu a sua estimativa de vendas em 18,8%. As vendas espera-se que sejam 6,8% mais baixas do que no exercício anterior. Os lucros anuais espera-se que atinjam os 382 milhões de euros, menos 24% do que no ano anterior e menos 33% do que se esperava em Agosto. A empresa adiantou que tem planos para entrar no ramo alimentar no Outono, vendendo fruta e vegetais em lojas especializadas e através da internet. Numa tentativa para suportar o preço das suas acções a empresa irá comprar 102 mil milhões de euros das suas próprias acções e em Abril, irá aumentar o número de acções, o que as tornará mais vendáveis a investidores privados.