No ano fiscal terminado a 31 de agosto, a Fast Retailing aumentou em 20,2% o volume de negócios, para 2,77 biliões de ienes (cerca de 17,6 mil milhões de euros, em comparação com 2,3 biliões de ienes em 2022, enquanto o lucro operacional aumentou 28,2%, para 381 mil milhões de ienes.
A Fast Retailing indicou que a Uniqlo International gerou «fortes aumentos» tanto no volume de negócios como no lucro em todos os mercados.
Os mercados externos, de resto, representaram, pela primeira vez, mais de 50% do volume de negócios, com a Fast Retailing a dar conta que expandiu as suas operações na América do Norte, na Europa e no Sudeste Asiático.
A performance da empresa na China também melhorou no segundo semestre do ano, um mercado que a Fast Retailing acredita está numa «renovada fase de crescimento». O lucro operacional na região subiu 25% em termos anuais, apesar das vendas terem sido afetadas no primeiro semestre do ano devido ainda à covid-19.
Na Uniqlo Europe, o volume de negócios aumentou 49,1%, para 191,3 mil milhões de ienes, enquanto o lucro operacional subiu 82,5%, para 27,3 mil milhões de ienes, com os «consumidores europeus a desenvolverem uma afinidade ainda maior pelo nosso conceito LifeWear e a base de consumidores a expandir como resultado», apontou a Fast Retailing em comunicado.
Na América do Norte, o volume de negócios registou uma subida de 43,7%, para 163,9 mil milhões de ienes. A Fast Retailing revelou que foi capaz de manter vendas fortes graças à existência de stocks suficientes e dar melhor informação sobre o produto aos consumidores.
Expectativas de crescimento
A Fast Retailing afirma que está a «estabelecer uma base operacional global sólida», à medida que está a investir na abertura de novas lojas em todo o mundo, sobretudo na Uniqlo International.
A empresa anunciou, contudo, que planeia desenvolver uma «indústria de retalho para o consumidor digital». Está também a investir no armazenamento automático.
O foco está igualmente na sustentabilidade, referiu. «O nosso objetivo é criar vestuário de elevada qualidade que dure durante muito tempo, vestuário que tenha um impacto mais baixo no planeta e seja produzido em ambientes de trabalho saudáveis e seguros, e vestuário circular que possa ser reciclado ou reutilizado», explicou a Fast Retailing.
O grupo de retalho adiantou ainda que está «a melhorar continuamente» os seus esforços para responder às questões laborais e de direitos humanos na sua cadeia de aprovisionamento, através de avaliações independentes e de uma linha de telefone que pode ser usada pelos trabalhadores para fazer denúncias.
No ano fiscal de 2023, a Fast Retailing revelou que expandiu a abrangência do seu código de conduta para incluir grandes empresas têxteis a montante da sua cadeia de aprovisionamento, para assegurar que são feitas auditorias frequentes sobre o ambiente de trabalho.
Quanto ao negócio, no ano fiscal de 2024 a retalhista espera que o lucro operacional aumente 18,1%, para 450 mil milhões de ienes. «Vamos adotar uma abordagem agressiva ao acelerar o crescimento à escala global, ao mesmo tempo que simultaneamente voltamos ao básico e nos focamos em implementar, metodicamente, os nossos princípios no negócio e reforçar as nossas plataformas de gestão», resumiu.