De acordo com um novo estudo da ThredUp, a maior parte dos consumidores não planeia reduzir o consumo de fast fashion, apesar de muitos se sentirem culpados com isso.
Na era atual, as compras conscientes estão em voga e há muitos que apontam o fim da fast fashion, à medida que uma nova geração de consumidores começou a deixar de lado o desperdício, abraçando, em vez disso, o vestuário em segunda mão como um guarda-roupa mais amigo do planeta. Contudo, de acordo com a empresa de revenda de moda vintage ThredUp, tal não é bem verdade.
A dicotomia deve-se, segundo o estudo, às dificuldades da economia e elevadas taxas de inflação, para começar. O vestuário está entre as cinco principais categorias onde os consumidores sentiram aumentos de preços recentes – juntamente com a alimentação e os combustíveis – e, face a essa conjuntura, os preços da fast fashion são atrativos e difíceis de ignorar. De acordo com o estudo, 72% afirmam comprar fast fashion porque «é bom valor pelo dinheiro» e outros 20% referem sentir-se pressionados a ter os mais recentes modelos devido às redes sociais.
Há ainda a questão do tempo que se perde a fazer compras de vestuário em segunda mão para encontrar o modelo certo, no tamanho certo e com um preço convidativo – 53% dos consumidores dizem que escolhem a fast fashion porque é mais rápido.
Ainda assim, o vintage está a prosperar – tanto como forma de poupar dinheiro na aquisição de vestuário, como enquanto cultura própria. Segundo a ThredUp, comprar em segunda mão nunca foi tão popular entre a Geração Z e os Millennials: 59% dos que compraram este tipo de artigo pela primeira vez em 2021 explicaram que sentem que isso lhes permite gabar-se e 72% no geral revelam-se orgulhosos de contar às pessoas que a roupa que estão a vestir é em segunda mão.