A Faria da Costa vai investir 1,4 milhões de euros na reformulação da unidade industrial, para rentabilizar a sua atividade. Durante a última edição do Modtissimo, o fundador Álvaro Costa revelou que a empresa de Barcelos estava a laborar em dois pavilhões e que «agora temos mais três», para uma melhor organização das atividades da empresa, com «matérias-primas a entrarem num lado, a sofrerem a alteração de fabrico noutro e a exportação num terceiro local, tudo para rentabilizar ao máximo a mão de obra».
Paralelamente, a Faria da Costa tem dado que falar por causa do projeto WyFeet (ver Faria da Costa massifica WyFeet), uma parceria com o Citeve para a produção de meias com pilhas, que aquecem os pés. Só nesta ideia, Álvaro Costa estima que o investimento tenha sido entre 500 mil e 700 mil euros, sendo que os principais alvos do produto são os nórdicos, onde as temperaturas atingem valores muito baixos e também clientes que estejam de alguma forma doentes e precisem de ter os pés quentes.
A Faria da Costa, que celebra 30 anos em 2018, emprega 90 trabalhadores. Em termos de produção, a empresa só não é vertical, ressalva Álvaro Costa, porque não atua na área dos fios. Mas faz todas as operações seguintes. «Procuramos principalmente fornecedores portugueses, mas não é fácil porque quer em qualidade, quer em sistemas de fornecimento, os fios não são os melhores. Por isso temos que recorrer aos italianos, que são muito mais rápidos a entregar, têm mais qualidades», explicou o empresário.
Os principais mercados da empresa são a Europa, Canadá e Japão. «Temos a Europa toda e somos muito fortes nos mercados nórdicos. Fazemos também o Canadá, que é um mercado em que estamos a tentar crescer, porque temos um produto específico de que eles precisam. Temos ainda uma meia de desporto, de hóquei, para um cliente muito bom no Japão», apontou Álvaro Costa.
Ainda que a Faria da Costa exporte cerca de 97% da produção, o mercado português não está esquecido, sobretudo com uma meia antiderrapante, que tem borracha na parte de baixo e serve para andar em casa, sem calçado.
Em 2017, a empresa registou um volume de negócios de 4 milhões de euros. Os produtos são sazonais e nem sempre é fácil ultrapassar esse constrangimento. «Tivemos uma quebra em 2012 por causa do fator tempo, não houve inverno nesse ano e os clientes não conseguiram vender. No norte da Europa tem estado frio e estão a aumentar as compras. Por isso, esperamos crescimento para este ano, até porque temos estado sempre a aumentar, na ordem dos dois dígitos praticamente», adiantou o empresário.