«Houve uma mudança da estrutura empresarial», explicou Rodney Duarte, diretor de exportação da F.S. Baby, num artigo publicado na edição de abril do Jornal Têxtil. «Estávamos 100% dependentes do private label. Com a abertura de portas do mercado asiático fomos perdendo alguns clientes, sendo que, como já fazíamos algumas feiras e tínhamos coleção própria para apresentar aos nossos clientes de private label, foi só uma questão de branding. Agora trabalhamos com agentes e lojas multimarcas», acrescentou.
A marca portuguesa de roupa de bebé dos 0 aos 36 meses é propriedade da empresa F.S. Confecções, que, desde 1993, se dedica à criação de moda para o aconchego do colo, os aviões de papas e para as primeiras brincadeiras. No total, a empresa emprega 25 pessoas que, a cada estação, desenvolvem uma nova coleção F.S. Baby com cerca de 300 produtos.
Atualmente, a exportação pesa cerca de 95% «que se manteve constante desde a fundação da empresa», sendo os principais destinos a Rússia, Itália e o México. A Tunísia é o mercado mais recente, havendo ainda a vontade de entrar na Turquia.
«Não estamos só ligados à Europa, estamos ligados à América, à África…», revelou Rodney Duarte, apontando a crise do mercado europeu como catalisadora da procura de novos mercados.
Como estratégia de marketing, a F.S. Baby tem apostado em feiras e, seguindo as novas exigências do mercado, no comércio eletrónico. «Temos de acompanhar os nossos concorrentes», reconheceu o diretor de exportação. E desta premissa partiu a marca para o lançamento de uma loja online, também ela bebé, com cerca de um ano. «É uma loja “business to business” e “business to client”», referiu sobre as valências do rebento digital.
Rodney Duarte resumiu 2015 como «um ano difícil», porque «a crise que se julgava estar circunscrita a Portugal e a alguns países da Europa, alastrou-se a outros países aos quais não era esperado que chegasse», explicou o diretor de exportação da F.S. Baby – que apesar dos óbices da conjuntura terminou o exercício com um valor próximo ao anterior, de cerca de 1,5 milhões de euros. «Mas foi um ano que passou. O principal é continuar no mercado, fazer feiras e viagens, ter novos produtos, inovar e apresentar novas coleções», afirmou, não deixando de sublinhar a forte investida da marca não só nas principais feiras europeias, mas também fora das fronteiras do Velho Continente.