No mês de setembro, a indústria têxtil e de vestuário exportaram 390,8 milhões de euros, o que representa um aumento de 1,8% face ao mesmo mês de 2018. Mercados como França (+9%, equivalente a 3,8 milhões de euros), Países Baixos (+20% ou 2,9 milhões de euros), Reino Unido (+7,6%, equivalente a 2 milhões de euros) e Turquia (+122%, o que representa mais 2 milhões de euros) foram os principais responsáveis por este crescimento.
Em termos de produtos, e tendo como base valores absolutos, o maior aumento foi registado nos envios de vestuário e seus acessórios, exceto malha, que subiram 4,7 milhões de euros (+3,3%) em setembro, para 146,6 milhões de euros, em comparação com 141,9 milhões de euros em setembro de 2019. A categoria outros artefactos têxteis confecionados, que inclui a maior parte dos têxteis-lar, também aumentou as exportações (mais 2,9 milhões de euros, ou 5,5%), assim como a de vestuário e seus acessórios, exceto malha (2,6 milhões de euros ou 3,4%).
2019 ainda no vermelho
Os números de setembro não foram, contudo, suficientes para compensar as perdas que se têm registado desde o início do ano. Entre janeiro e setembro, as exportações portuguesas de têxteis e vestuário baixaram 0,9% em comparação com o período homólogo de 2018, para 3,96 mil milhões de euros.
A queda foi provocada pelas vendas dentro da União Europeia, que baixaram 2%, com destaque para descidas em Espanha (-3,8%, equivalente a 48,6 milhões de euros) e na Alemanha (-4,5%, equivalente a 15,6 milhões de euros).
Pela positiva, ainda dentro da Europa, subiram as exportações para França (+1,6% ou 7,8 milhões de euros) e para os Países Baixos (+2,3%, ou 3,8 milhões de euros).
As exportações Extra-UE, por seu lado, cresceram 4,7%, equivalente a mais 32,8 milhões de euros, para 731,9 milhões de euros. Os EUA foram o principal responsável por esta subida, com um aumento de 8,5% das exportações, para 252,4 milhões de euros, em comparação com 232,6 milhões de euros entre janeiro e setembro de 2018. A subir estão igualmente os envios para o Canadá (+17%, para 40,5 milhões de euros), enquanto as exportações para a China caíram (-21,3%, equivalente a uma perda de 9,7 milhões de euros).
Quanto aos produtos, as categorias com performance mais positiva entre janeiro e setembro de 2019 são: vestuário e seus acessórios, exceto malha, com um aumento de 3,8% (mais 27,3 milhões de euros), para 751,4 milhões de euros; pastas, feltros e falsos tecidos, que inclui também cordoaria, com uma subida de 10,8% (20,4 milhões de euros), para 209,2 milhões de euros; fibras sintéticas ou artificiais descontínuas, com mais 1,3% (2,7 milhões de euros), para 212,5 milhões de euros; e tecidos de malha, com um crescimento de 2,5% (2,6 milhões de euros), para 105,3 milhões de euros. Já as categorias vestuário e seus acessórios em malha (-2,7%, equivalente a 45 milhões de euros), algodão (-9,8% ou 12,3 milhões de euros) e outros artefactos têxteis confecionados (-2,2% ou 10,8 milhões de euros) mantiveram-se em terreno negativo.