Os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados hoje dão conta que, no acumulado entre janeiro e agosto de 2023, foram exportados 3,95 mil milhões de euros em matérias têxteis e suas obras a partir de Portugal. Este valor representa uma descida de 5,56% das face aos mesmos oito meses do ano passado, nos quais as exportações registaram 4,19 mil milhões de euros, e uma subida de 11,68% face a 2019, o ano de referência pré-pandemia.
A nível geográfico, a queda é generalizada nos 10 principais mercados dos têxteis e vestuário exportados a partir de Portugal, com exceção de França – que se mantém ao nível do registado entre janeiro e agosto de 2022, com uma ligeira variação positiva de 0,4%, para 642,4 milhões de euros – e do Canadá, que aumentou as compras em 11,7%, para 72,1 milhões de euros.
Os envios para Espanha, que continua a ser, de longe, o principal mercado, registaram uma queda de cerca de 5%, equivalente a menos 48,2 milhões de euros, para 923,7 milhões de euros, face a igual período do ano passado, valores que se agravam na comparação com os mesmos meses de 2019: -15,1%, representando menos 163,87 milhões de euros.
As quedas no acumulado entre janeiro e agosto deste ano são igualmente significativas nas exportações para Itália (-14,4%, representando uma diminuição de 45,3 milhões de euros), EUA (-14,5%, equivalente a menos 44,6 milhões de euros), Reino Unido (-10,6%, o que significa menos 29,2 milhões de euros), Países Baixos (-9,8%, ou 20,8 milhões de euros), Alemanha (-4,9%, que representa menos 18,2 milhões de euros) e Suécia (-17,8%, equivalente a menos 17,1 milhões de euros).
Em termos de categoria de produto exportado, e entre as mais representativas, os dados revelam uma subida nas exportações de vestuário em tecido (+11,65%, equivalente a 77,66 milhões de euros, do que entre janeiro e agosto de 2022, para 744,16 milhões de euros), de tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados (+5,9%, representando um acréscimo de 13,2 milhões de euros, para cerca de 237 milhões de euros), e dos tecidos em malha (+4,7%, equivalente a mais 5,99 milhões de euros, para 133,4 milhões de euros).
Em sentido inverso, as exportações de vestuário em malha caíram 9,1% (o que representa uma perda de 157,8 milhões de euros, para 1,58 mil milhões de euros), as de outros artefactos têxteis confecionados, categoria que inclui a maioria dos têxteis-lar, reduziram em 17,65% (equivalente a menos 103 milhões de euros, para 480,9 milhões de euros) e as de fibras sintéticas ou artificiais descontínuas baixaram 13,2% (o que significa menos 28,6 milhões de euros, para 187,59 milhões de euros).