Com base na análise desenvolvida pelo CENIT aos dados disponíveis no Eurostat, o valor das exportações portuguesas de têxteis e vestuário registou um crescimento de 9,4% durante os primeiros nove meses de 2014, relativamente ao período homólogo do ano passado. Este resultado surge de uma subida de 9,9% registada nas exportações destinadas ao mercado Intra-UE28, enquanto as exportações destinadas ao mercado Extra-UE28 registaram um aumento de 7,4%. De salientar que a análise aos dados preliminares das exportações em quantidade revelou uma subida de 6,4% no volume das exportações de têxteis e vestuário de janeiro a setembro de 2014, relativamente ao período homólogo de 2013. Analisando em concreto as duas principais categorias de produtos (com uma quota conjunta acima dos 60% das exportações), verifica-se que as exportações de vestuário de malha (categoria 61) cresceram 10,9%, enquanto as exportações de vestuário exceto malha (categoria 62) registaram uma subida de 12,7%. No caso do vestuário de malha, o mercado Intra-UE28 subiu 11,7% e o mercado Extra-UE28 registou uma subida na ordem dos 1,3% nos primeiros nove meses do ano, relativamente ao período homólogo de 2013. As exportações de vestuário exceto malha destinadas ao mercado Intra-UE28 aumentaram 12,6%, enquanto as exportações destinadas ao mercado Extra-UE28 subiram 12,9%. As exportações de outros têxteis confecionados (categoria 63, que representa mais de 12% das exportações), que incluem a grande proporção dos têxteis-lar, registaram uma subida de 4,3% nos primeiros nove meses do ano, resultante de uma subida de 6,7% no mercado intracomunitário e uma descida de 0,4% no mercado extracomunitário. Isolando as quatro subcategorias de produtos associadas aos têxteis-lar (i.e., 6301 a 6304), verificou-se que a subida registada foi na ordem dos 5,1%. Para além das três principais categorias de produtos, salienta-se pela positiva nos primeiros nove meses do ano e entre as categorias com maior representatividade (quota na ordem dos 3% do valor total das exportações), o desempenho das pastas, feltros, falsos tecidos e cordoaria (categoria 56), com uma subida de 15,1%; dos artigos de algodão (categoria 52), com uma subida de 9,6%; dos tecidos impregnados e revestidos (categoria 59), com uma subida de 8,0%; e das fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas (categoria 55), com uma subida de 5,4%. Pela negativa o destaque vai para os tecidos de malha (categoria 60), com uma quebra de 1,9%. Ao nível das importações, a representatividade nos primeiros nove meses do ano foi composta, por ordem decrescente, pelos seguintes produtos: vestuário exceto malha (representou 25,8% do valor total das importações), vestuário de malha (23,4%), artigos de algodão (13,7%), filamentos sintéticos ou artificiais (9,7%) e fibras sintéticas ou artificiais descontínuas (7,0%). Nos nove primeiros meses do ano observou-se uma subida de 8,5% no valor das importações portuguesas de produtos têxteis e vestuário, resultado do aumento de 9,3% registado nas importações provenientes de países da UE28 e do aumento de 5,5% nas importações de origens Extra-UE28. Com base na análise desenvolvida aos dados disponíveis no Eurostat, o valor das exportações da UE28 de têxteis e vestuário com destino ao mercado Extra-UE28 registou um crescimento de 3,1% de janeiro a setembro de 2014, relativamente ao período homólogo do ano anterior. De salientar que o valor das exportações da UE28 com destino ao mercado extracomunitário ficou cifrado na ordem dos 32,2 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Para o período em análise, as importações comunitárias de têxteis e vestuário com origem no mercado Extra-UE28 registaram uma subida de 7,8% em relação a igual período de 2013, cifrando-se em cerca de 75,4 mil milhões de euros. Ao nível intracomunitário, as exportações de têxteis e vestuário provenientes e destinadas a Estados-membros registaram uma subida de 7,5% nos primeiros nove meses do ano, cifrando-se na ordem dos 85,1 mil milhões de euros. Para aceder ao documento do estudo, por favor clicar na ligação: Estudo de avaliação do comércio internacional Novembro 2014.