Representando 1/3 das exportações e 1/4 das importações da ITV nacional, o vestuário exterior de homem e senhora é a categoria de produtos que mais contribui para a balança comercial desta indústria. Todavia, a categoria de vestuário exterior é muito abrangente incluiu produtos que vão dos anoraques e blusões aos fatos, casacos, calças, jardineiras, saias, vestidos, camisas, blusas e camisolas.
De acordo com os dados de comércio internacional relativos ao ano transacto, foram exportados 1.429 milhões de euros de vestuário exterior correspondendo a uma queda de 5,4% nas vendas ao exterior. Entre as categorias mais exportadas no ano que passou destacam-se as camisolas e pulôveres, as calças e jardineiras e as camisas e blusas, uma vez que foram responsáveis por, respectivamente, 26,9%, 21,5% e 19,5% das exportações totais. As importações, por outro lado aumentaram significativamente face a 2003. Com efeito, entre Janeiro e Dezembro de 2004 foram importados 769 milhões de euros de vestuário exterior, mais 11,7% que no período homólogo do ano anterior. As variações descritas reflectiram-se numa degradação do saldo da balança comercial deste tipo de vestuário ascendendo actualmente a 660 milhões de euros que compara com os 823 milhões verificados em 2003. O mercado intracomunitário absorve 93,1% das exportações totais nacionais, no entanto, Portugal tem uma quota pouco representativa nas importações totais da U.E. De facto, num mercado em crescimento, as maiores quotas nacionais foram conquistadas nos casacos (3,5%), nos fatos e conjuntos (3,3%) e nas camisas e blusas (3,2%). Refira-se, contudo, que o mercado nacional perdeu quota em todas as categorias de produtos de vestuário exterior em reflexo de um crescimento superior das importações totais da U.E. face às importações oriundas de Portugal. Para além da redução da quota nacional, os dados do Eurostat apontam para uma queda significativa dos preços de algumas categorias com origem nacional, em particular merecem referência os fatos e conjuntos e as camisas e blusas que registaram quedas superiores a 20% (24,1% e 20,2%, respectivamente). Todavia, considerando que um produto é de gama alta se tiver um preço médio de importação superior em 15% ao preço médio de importação da Europa Comunitária, constatamos que os produtos nacionais importados pela comunidade pertencem a esta gama já que têm preços superiores a este valor de referência.Esta análise