Com base na análise desenvolvida pelo CENIT aos dados preliminares disponíveis no INE, o valor das exportações portuguesas de têxteis e vestuário registou uma subida de 17,5% no conjunto dos sete primeiros meses do ano relativamente ao período homólogo de 2021, para 3.753,46 milhões de euros. Este resultado surge na sequência de uma subida de 17,9% nas exportações destinadas ao mercado Intra-UE27 (totalizaram 2.769,78 milhões de euros) e de 16,2% (totalizaram 983,68 milhões de euros) nas exportações destinadas ao mercado Extra-UE27.
No que se refere à evolução homóloga mensal, verifica-se, no conjunto das exportações de têxteis e vestuário, um incremento de 12,4% no valor exportado em julho comparativamente ao mesmo mês do ano passado.

Analisando em concreto as duas categorias de produtos de vestuário (com uma quota conjunta próxima de 57% das exportações), verificou-se uma subida de 13,0% nas exportações de vestuário de malha (capítulo 61), ficando cifradas em 1.559,39 milhões de euros, enquanto as exportações de vestuário exceto malha (capítulo 62) registaram uma subida de 27,7%, para 573,07 milhões de euros. No caso do vestuário de malha, o mercado Intra-UE27 conheceu uma subida de 13,9%, enquanto o mercado Extra-UE27 aumentou 8,8% nos primeiros sete meses de 2022 relativamente a igual período do ano anterior. As exportações de vestuário exceto malha destinadas ao mercado Intra-UE27 aumentaram 25,8% em relação a 2021, enquanto as exportações destinadas ao mercado Extra-UE27 aumentaram 35,4%.
As exportações de outros têxteis confecionados (capítulo 63, que representa perto de 14% das exportações), que incluem a grande proporção dos têxteis-lar, evidenciaram uma subida homóloga de 11,6% no conjunto dos sete primeiros meses de 2022 (ficando cifradas nos 523,56 milhões de euros), resultante de uma subida de 10,2% no mercado intracomunitário e de 13,5% no mercado extracomunitário. Isolando as quatro subcategorias de produtos associadas aos têxteis-lar (i.e., posições 6301 a 6304), verificou-se uma subida de 13,4% no valor das exportações.
Para além das três principais categorias de produtos, salienta-se pela positiva, e entre as categorias com maior representatividade (quota na ordem de 3% do valor total das exportações), o desempenho dos tecidos de malha (capítulo 60), com uma subida de 28,1%, das fibras sintéticas ou artificiais descontínuas (capítulo 55), com um aumento de 28,0%, das pastas, feltros, falsos tecidos e cordoaria (capítulo 56), com um crescimento de 25,0%, dos artigos de algodão (capítulo 52), com um incremento de 17,4%, e dos tecidos impregnados e revestidos (capítulo 59), com uma subida de 17,2%.
Importações crescem
Ao nível das importações, a representatividade nos primeiros sete meses de 2022 foi composta, por ordem decrescente, pelos seguintes produtos: vestuário exceto malha (23,7% do valor total das importações), vestuário de malha (22,8%), artigos de algodão (16,3%), filamentos sintéticos ou artificiais (8,5%) e fibras sintéticas ou artificiais descontínuas (6,8%). No conjunto do período de janeiro a julho observou-se uma subida homóloga de 35,3% no valor das importações portuguesas de produtos têxteis e vestuário (ficaram cifradas nos 3.082,40 milhões de euros), resultado conjunto da subida de 31,3% registada nas importações de origem intracomunitária (cifradas nos 1.961,03 milhões de euros) e do aumento de 42,8% nas importações de origem extracomunitária (cifradas nos 1.121,36 milhões de euros).
Considerando em particular o mês de julho, verificou-se uma subida de 21,1% no valor das importações, em termos da comparação com igual período de 2021.