Exportações da ITV recuperam em junho

Os números acumulados desde o início do ano revelam uma queda de 2,87% face a igual período do ano passado, um valor que mostra uma recuperação face à queda de 3,1% nos primeiros cinco meses do ano. Em junho, as exportações cresceram 1,67%.

Entre janeiro e junho de 2023, as empresas portuguesas exportaram 3,05 mil milhões de euros em matérias têxteis e seus acessórios, de acordo com os dados publicados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, o que representa uma descida de 2,87% em comparação com o primeiro semestre de 2022.

Apesar de continuarem no vermelho, os números revelam uma recuperação, já que no período de janeiro a maio as exportações caíram 3,1%.

Tendo em conta apenas o mês de junho, as exportações aumentaram 1,67% face ao mesmo mês do ano passado, para 526,2 milhões de euros. Em volume, contudo, as exportações caíram 10,4% em junho, equivalente a menos 30 mil toneladas, para 259,7 mil milhões de toneladas.

Entre os 10 principais destinos das exportações nacionais nos primeiros seis meses do ano, o Canadá, na 10.ª posição, registou o maior crescimento (+19,5%, para 52 milhões de euros). Já a Bélgica aumentou em 4,66% as compras a Portugal, para 81,5 milhões de euros, e os envios para França subiram 2,59%, para 504,66 milhões de euros.

Os restantes mercados registaram quedas, com particular destaque para os EUA, que diminuíram em 13,2% nas suas compras de têxteis e vestuário a Portugal, equivalente a menos 30,5 milhões de euros, e para Itália (-11,7%, correspondente a menos 29,1 milhões de euros).

As exportações para Espanha, que mantém o primeiro lugar da lista dos clientes do “made in Portugal”, registaram uma descida de 2,9%, para 711,69 milhões de euros, equivalente a menos 21,3 milhões de euros.

Vestuário em tecido e tecidos de malha crescem

Em termos de categoria de produto, as quedas são menos generalizadas, com vários tipos de artigo a terem números positivos.

O vestuário de tecido registou, neste primeiro semestre do ano, um crescimento de 15,6% das exportações, para 563,36 milhões de euros, o que representa mais 76,2 milhões de euros do que no mesmo período do ano passado.

As exportações de tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados também aumentaram, registando uma subida de 8,86%, para 184,9 milhões de euros, o mesmo acontecendo com os tecidos de malha, que tiveram um incremento de 5,7% nas exportações, para 106,96 milhões de euros.

Já o vestuário em malha sentiu uma descida de 5,71% nas exportações, equivalente a menos 73,3 milhões de euros, para 1,21 mil milhões de euros, e a categoria outros artefactos têxteis confecionados, que engloba a maior parte dos têxteis-lar, registou uma queda de 17,4%, para 356,87 milhões de euros, o que representa menos 75,4 milhões de euros face ao primeiro semestre do ano passado.