Exportações da ITV crescem 16,7% até agosto

Nos primeiros oito meses do ano, os envios de têxteis e vestuário “made in Portugal” somaram 4,18 mil milhões de euros, equivalente a +16,7% do que em 2021 e +18,1% do que em 2019. Só as exportações de vestuário foram responsáveis por 2,4 mil milhões de euros de exportações, +15,8% do que no ano passado.

Todas as categorias de produtos registaram um aumento nas exportações, com exceção dos tecidos especiais, tecidos tufados, rendas, tapeçarias, passamanarias e bordados, que registaram uma descida de 20% face a 2021 e de 29.3% na comparação com 2019, para 53,5 milhões de euros.

Em termos relativos, e entre as categorias com mais significado nas exportações nacionais, destaca-se o crescimento das vendas de tecidos de malha, que atingiram 126 milhões de euros no período compreendido entre janeiro e agosto, o que representa mais 29,5% do que nos mesmos meses de 2021 e mais 31,4% do que em igual período de 2019. No têxtil, também a categoria algodão registou uma subida, que ascendeu a 17,6% na comparação com 2021 e a 48,7% face a 2019, para 148 milhões de euros.

No vestuário, as exportações de peças em tecido registaram um aumento de 26,3% relativamente ao mesmo período de 2021, embora esteja ainda 2,7% abaixo dos valores de 2019, tendo atingido os 651,1 milhões de euros.

No total, incluindo o vestuário em malha, as exportações de vestuário somaram 2,4 mil milhões de euros. «Apesar de continuarmos a assistir a uma ligeira desaceleração, constatamos que, no cômputo geral, as exportações nacionais de vestuário continuam a evidenciar uma evolução considerável. Apesar do pior desempenho das exportações de vestuário de malha destinadas ao mercado espanhol, salientamos os resultados excecionais em inúmeros mercados de referência, como o francês, o germânico, o italiano, o holandês e o norte-americano», destaca César Araújo, presidente da ANIVEC, em comunicado. «Prosseguimos com uma dinâmica considerável nas exportações, quer no vestuário de malha, quer no de tecido, assegurando crescimentos de dois dígitos na maioria dos principais mercados de destino», acrescenta.

Top 10 compra mais

Ao nível dos mercados, todos os 10 principais destinos dos têxteis e vestuário exportados a partir de Portugal aumentaram as suas compras em comparação com o ano passado. Já na comparação com igual período de 2019, Espanha é a exceção, com as vendas para nuestros hermanos a não atingirem ainda os valores pré-pandemia (-11,2%, equivalente a menos cerca de 122 milhões de euros). Ainda assim, Espanha lidera o ranking de países de exportação da ITV nacional.

Os maiores aumentos relativos foram sentidos nos envios para Itália (+32% do que em 2021 e +48% do que em 2019), que é atualmente o quinto maior mercado do têxtil e vestuário “made in Portugal”, num total de 314,6 milhões de euros, tendo mesmo ultrapassado o Reino Unido, que no ano passado, na mesma altura, ocupava o meio da tabela. O mercado britânico, no entanto, também cresceu (+5,7% face aos primeiros oito meses de 2019).

De salientar igualmente o crescimento do mercado francês, o segundo mais importante, com uma subida de 23,4% face ao período entre janeiro e agosto de 2021 e mais 40,3% na comparação com 2019, e do mercado alemão, com mais 19,6% do que em 2021 e mais 25,7% do que em 2019, para 374 milhões de euros, ocupando agora o terceiro lugar.

O quarto lugar é ocupado pelos EUA, que somou mais 14,5% do que em 2021 e mais 42,6% do que em 2019, para um total de 326,3 milhões de euros.

De referir ainda o crescimento de 36,7% face a 2021 e de 53,8% em comparação com 2019 das exportações com destino à Bélgica, que totalizaram 102 milhões de euros nos primeiros oito meses de 2022.