Exportações da ITV continuam em queda

No acumulado entre janeiro e setembro, a indústria têxtil e vestuário portuguesa exportou menos 5,61% do que em igual período de 2022, para 4,4 mil milhões de euros, uma descida semelhante à sentida nos primeiros oito meses do ano.

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que, entre janeiro e setembro deste ano, as empresas da indústria têxtil e vestuário venderam 4,4 mil milhões de euros aos mercados externos, o que representa uma diminuição de 5,61% face a igual período de 2022 (entre janeiro e agosto, as exportações tinham já descido cerca de 5,6%). Em comparação com o período homólogo de 2019, pré-pandemia, contudo, as exportações subiram 12,3%.

Na comparação com os números do ano passado, e entre as principais categorias de produto, as maiores quedas foram registadas nos envios de vestuário e seus acessórios, de malha (-8,3%, equivalente a menos 159,6 milhões de euros), outros artefactos têxteis confecionados, categoria que inclui a maior parte dos têxteis-lar (uma descida de 16,8%, equivalente a menos 190,87 milhões de euros) e artigos de algodão (-15% ou menos 24,6 milhões de euros). Já entre as categorias em crescimento, destacam-se as exportações de vestuário e acessórios, exceto de malha (+9,4%, equivalente a 70,8 milhões de euros).

As exportações da indústria têxtil e vestuário portuguesa continuam, no entanto, a apresentar comparações positivas face ao mesmo período de 2019, com a única exceção a serem os tecidos especiais; tecidos tufados; rendas; tapeçarias; passamanarias; bordados (-34,5%) e os tapetes e outros revestimentos para pavimentos, de matérias têxteis (-6,6%).

Em termos de mercados, a queda, em comparação com igual período de 2022, entre os 10 principais países de exportação é generalizada, com exceção de França (+0,73%) e do Canadá (+11,8%).

As exportações portuguesas para Espanha caíram 4,4% nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo de 2022, uma queda que é mais acentuada na comparação com 2019 (-14,2%). Nos restantes mercados no top 10, as comparações são positivas face ao período pré-pandemia.