Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram um aumento das exportações do sector de cerca de 185 milhões de euros em comparação com o mesmo período do ano passado, num crescimento liderado pela categoria mais representativa – vestuário e seus acessórios de malha –, que registou um crescimento 12,19%, para 1,43 mil milhões de euros.
Em comunicado, a ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção destaca que o crescimento nas exportações de vestuário foi sentido nos 12 principais mercados, com exceção de França, que registou um ligeiro declínio (-0,9%). Já pela positiva destaca-se o aumento das exportações para a Suécia (+25,9%, para 56,8 milhões de euros), Itália (+17,6%, para 72,7 milhões de euros) e Países Baixos (+14,3%, para cerca de 83 milhões de euros).
A ANIVEC sublinha ainda que, nos mercados extracomunitários, os envios para os EUA aumentaram 9,3%, para 56,9 milhões de euros. «Este crescimento, que é mesmo superior ao registado no período entre janeiro e julho, é mais uma prova da competitividade do vestuário português no campo internacional», afirma César Araújo, presidente da direção da ANIVEC. «A Europa continua a ser o terreno natural para o vestuário português, como mostram os números, mas o aumento das exportações para países como os EUA prova que a confeção portuguesa está também a registar um aumento da procura noutros mercados, onde está a consolidar a sua posição como fornecedor de excelência», explica.
No resto do sector, categorias como seda (+144,54%), algodão (+21,97%), tecidos especiais e tufados, rendas, tapeçarias e bordados (+16,59%) e tecidos impregnados e revestidos (+12%) reforçaram consideravelmente as suas vendas ao exterior.
As importações da indústria têxtil e vestuário, por seu lado, registaram também um aumento neste período, somando mais 2,86%, para um total de 2,5 mil milhões de euros. Seda (+32,58%), outras fibras têxteis vegetais (+13,17%), tapetes e outros revestimentos para pavimentos (+11,29%) e tecidos de malha (+8,38%) foram as categorias que registaram o maior crescimento das importações.