Exportações aqueceram em agosto

Nos primeiros oito meses do ano, a indústria têxtil e vestuário exportou mais de 3,4 mil milhões de euros, um aumento de 5,72% face ao mesmo período do ano passado. Entre as categorias de produtos, o vestuário registou um crescimento de 7,8%, tendo ultrapassado os dois mil milhões de euros.

Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram um aumento das exportações do sector de cerca de 185 milhões de euros em comparação com o mesmo período do ano passado, num crescimento liderado pela categoria mais representativa – vestuário e seus acessórios de malha –, que registou um crescimento 12,19%, para 1,43 mil milhões de euros.

Em comunicado, a ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção destaca que o crescimento nas exportações de vestuário foi sentido nos 12 principais mercados, com exceção de França, que registou um ligeiro declínio (-0,9%). Já pela positiva destaca-se o aumento das exportações para a Suécia (+25,9%, para 56,8 milhões de euros), Itália (+17,6%, para 72,7 milhões de euros) e Países Baixos (+14,3%, para cerca de 83 milhões de euros).

A ANIVEC sublinha ainda que, nos mercados extracomunitários, os envios para os EUA aumentaram 9,3%, para 56,9 milhões de euros. «Este crescimento, que é mesmo superior ao registado no período entre janeiro e julho, é mais uma prova da competitividade do vestuário português no campo internacional», afirma César Araújo, presidente da direção da ANIVEC. «A Europa continua a ser o terreno natural para o vestuário português, como mostram os números, mas o aumento das exportações para países como os EUA prova que a confeção portuguesa está também a registar um aumento da procura noutros mercados, onde está a consolidar a sua posição como fornecedor de excelência», explica.

No resto do sector, categorias como seda (+144,54%), algodão (+21,97%), tecidos especiais e tufados, rendas, tapeçarias e bordados (+16,59%) e tecidos impregnados e revestidos (+12%) reforçaram consideravelmente as suas vendas ao exterior.

As importações da indústria têxtil e vestuário, por seu lado, registaram também um aumento neste período, somando mais 2,86%, para um total de 2,5 mil milhões de euros. Seda (+32,58%), outras fibras têxteis vegetais (+13,17%), tapetes e outros revestimentos para pavimentos (+11,29%) e tecidos de malha (+8,38%) foram as categorias que registaram o maior crescimento das importações.