A edição de 2005 do ranking de e-readiness (que se poderá considerar como «adequabilidade digital), produzido pela Economist Intelligence Unit (EIU) e pela IBM, revela que os países da UE têm aproveitado as potencialidades concedidas pelas novas tecnologias disponíveis, com a Dinamarca a ocupar o lugar cimeiro, e Portugal o penúltimo dos 15 antes do alargamento, e o 25º a nível mundial. Se neste último indicador o nosso país ocupa uma posição «razoável», segundo Luis Pereira da IBM, já na comparação com os nossos parceiros comunitários a posição é «atrasada», e temos vindo a perder posições de ano para ano (24º em 2004 e 22º em 2003), não porque não tenhamos evoluído, em termos absolutos, mas os outros países têm aproveitado as novas tecnologias melhor do que nós. Os novos países da UE aparecem para já menos destacados na lista, mas muito próximos e com muito bons resultados nalguns indicadores, acrescentando Luis Pereira um exemplo: num recente conselho de ministros da Estónia, todos os ministros traziam Laptop, e nenhum trazia papeis. Pode concluir-se que as tecnologias de informação chegaram a uma fase de maturidade a nível mundial, e constata-se que a Europa está a ser recompensada pelo investimento na economia digital e do conhecimento, pois ocupa sete dos 10 primeiros lugares da lista, à frente dos pioneiros da Internet Estados Unidos e Canadá. Este conceito de e-readiness pretende medir a capacidade de um país aproveitar as novas tecnologias, e para a classificação dos países a EIU/IBM usa cerca de 100 variáveis, acrescentando a dados quantitativos como o número de PCs ou de utilizadores de Internet, elementos qualitativos de carácter cultural ou legislativo. Se no número de utilizadores de Internet Portugal não está mal posicionado, já na taxa de penetração de banda larga, no número de computadores pessoais per capita, na aposta no wi-fi (Internet sem fios), dificultada pela falta de concorrência, e na falta de qualificação e de inovação, não podemos dizer o mesmo.