EUA e Singapura juntos em tratado histórico

Os Estados Unidos e Singapura assinaram um tratado histórico que, pela primeira vez, vai permitir o acesso livre ao mercado americano dos têxteis e outros produtos produzidos nas nações asiáticas. E, como tem acontecido no caso de outros acordos recentes, o pacto não satisfaz nem produtores têxteis nem importadores, noticia o site Textileworld. Os importadores não estão satisfeitos com o acordo, porque este tem uma regra de origem que obriga a que os produtos de vestuário elegíveis para o tratamento especial sejam feitos de fios e tecidos produzidos nos países participantes. Por isso, afirmam que esta regra vai restringir a sua capacidade de negociar com Singapura. Os produtores têxteis não aprovam este acordo porque dizem que 25 milhões de metros quadrados de vestuário no primeiro ano podem ser feitos com fios e tecidos de outros países sem ser dos Estados Unidos e de Singapura. Estas importações, conhecidas como Níveis de Tarifas Preferenciais, irão ser reduzidas anualmente até terem desaparecido em cinco anos. Desde que Singapura limitou a capacidade de produção têxtil, a indústria teme que esta se torne fonte de exportações ilegais para outras nações asiáticas. O acordo foi histórico também no sentido de que “caminha num novo terreno”, e deverá tornar-se num modelo para futuros acordos com outras nações asiáticas. Sob o acordo, Singapura concorda em eliminar todas as taxas dos produtos americanos imediatamente, concordando ainda em não os voltar a impor. Os Estados Unidos irão retirar as suas taxas em 10 anos, sendo as taxas dos produtos menos sensíveis a caírem primeiro. O acordo tem ainda de ser aprovado pelo Congresso, não se prevendo, no entanto, quaisquer dificuldades para a sua aprovação.