O mês de Dezembro de 2004, o ultimo em que vigoraram as quotas nas importações de têxteis e vestuário, viu as importações norte-americanas de vestuário crescer apenas 6%, em termos de volume.
No total do ano passado, as compras de vestuário ao estrangeiro pelos importadores americanos cresceram 4%, enquanto em 2003 haviam crescido 9,32%.
Nos últimos meses em que vigoraram as referidas quotas no comércio mundial, a China revelou já algumas sérias dificuldades, tendo as importações dos Estados Unidos subido apenas 13% em volume, num nível mais baixo do que no passado recente.
Com efeito, as importações americanas de artigos chineses haviam crescido 46% em 2003, enquanto no ano passado esse aumento ficou pelos 29,74%.
Ao mesmo tempo, diversos países asiáticos tiraram vantagem da ausência de quotas às importações americanas da China.
Assim, as importações do Bangladesh cresceram 37% em Dezembro passado, depois de terem aumentado 51% em Novembro de 2004, num claro contraste com a quebra observada na primeira metade do ano.
Por seu lado, as importações norte-americanas de vestuário da Indonésia, Cambodja, Paquistão, Sri Lanka e Filipinas registaram um crescimento de dois dígitos em Dezembro de 2004, enquanto as compras ao Vietname aumentaram mesmo 45%, após terem subido uns impressionantes 90% no mês de Novembro, num sinal claro de que as quotas (ainda) em vigor estavam longe de se encontrar esgotadas.
Entre os maiores fornecedores dos Estados Unidos, o Cambodja revelou o maior crescimento em 2004, com as respectivas importações a crescerem 20,27%.
Noutro sentido, as importações americanas do México continuaram em queda, apesar desta ter sido de apenas 5%, enquanto as importações das Honduras, República Dominicana e El Salvador desceram igualmente no último ano, antevendo as dificuldades que os países fornecedores de vestuário da América Central enfrentarão em 2005.