O grupo galego Inditex, cujo negócio mais conhecido é a cadeia de pronto-a-vestir Zara, estreou-se ontem na Bolsa de Madrid, provocando uma grande agitação. De acordo com o Diário Económico, as acções do grupo, avaliado em 9.162 mil milhões de euros (1.836 mil milhões de contos) encerraram a valer 18 euros, (3.600 escudos). Uma subida de 22.5% acima do valor nominal de 14.7 euros, 2.940 escudos. As acções atingiram um pico máximo de 18.60 euros, 3.720 escudos. Com esta entrada triunfante no mercado de capitais, o grupo Inditex tornou-se o quarto maior grupo de vestuário a nível mundial, depois dos norte-americanos da Gap, dos suecos da Hennes & Mauritz e dos ingleses da Marks & Spencer. A Inditex deverá manter o seu carácter familiar pois Amancio Ortega e a sua família concentram ainda 73.91% das acções do grupo, sendo a dispersão de capital em bolsa de 26.09%. Recorde-se que além do «greenshoe» dos bancos líderes da operação BBVA, BSCH, Morgan Stanley e Schroders os mais de 23 mil trabalhadores da Inditex, espalhados por 20 países tiveram direito a 0,7% do capital. Assim, em Espanha, foram 14.367 os trabalhadores beneficiários. Em Portugal o número de colaboradores do grupo beneficiados foi de 2.260. A oferta de distribuição gratuita de acções para trabalhadores do grupo Inditex, suas participadas e sucursais, a nível global, é de um montante de 4,312 milhões de acções. As acções serão atribuídas gratuitamente aos trabalhadores por cada ano completo ou fracção de ano de antiguidade, contada até 31 de Dezembro de 2000. Cada trabalhador terá direito a 50 acções da Inditex, com um limite máximo de mil acções por cada trabalhador (equivalente a 20 anos completos de serviço). O prazo para aceitação da oferta é de 28 de Maio a 20 de Julho.