Endutex alarga portefólio

A especialista em revestimentos acrescentou um material com elasticidade para tendas beduínas ao seu portefólio, apresentado oficialmente na Techtextil, em maio último.

O material, explicou Vítor Magalhães Abreu num artigo publicado na edição de setembro do Jornal Têxtil, é «novo na Europa» e, como tal, está a chamar a atenção de muitos potenciais clientes. «A maior parte das pessoas não conhece a aplicação final e quando lhes mostro as fotos ficam maravilhadas», contou o administrador da Endutex. «São para casamentos, eventos, pequenas festas, coberturas de terraços de restaurantes, por exemplo. Mas são tendas especiais que, em vez de terem o formato normal que conhecemos das tendas, dá para fazer uns efeitos especiais porque são extremamente flexíveis», acrescentou.

O material – um tecido de poliéster com tratamento antibacteriano e antifúngico, tanto no tecido como no revestimento –, com resistência à radiação ultravioleta, impermeável, elasticidade com memória, indeformável e fácil de limpar, é ainda fornecido com 220 centímetros de largura, algo completamente diferenciador, sublinhou Vítor Magalhães Abreu. «Neste momento não conheço ninguém que ofereça nessa largura», assegurou.

O mercado para este produto começou na África do Sul, mas «agora, a maior parte dos nossos clientes são europeus e ainda há muito pouco reconhecimento desse artigo», referiu o administrador, que apontou Holanda e Bélgica como «os melhores clientes para este artigo, neste momento».

O novo material vem completar um portefólio de produtos que, recentemente, somou também artigos com revestimento de silicone. «É uma coisa relativamente recente para nós, só tínhamos praticamente um material na fábrica, e é algo a que temos vindo a prestar mais atenção. Temos vários projetos agora e desperta grande interesse nas pessoas, porque não é muito comum. Tem várias aplicações, desde a área médica ao vestuário desportivo», revelou Vítor Magalhães Abreu.

Dividida, em termos produtivos, entre Portugal – onde emprega 210 pessoas – e o Brasil – que conta cerca de 230 trabalhadores –, a Endutex fechou 2016 com um volume de negócios na ordem dos 68 milhões de euros, 38 milhões dos quais realizados com a unidade portuguesa. «Em Portugal crescemos 7% ou 8%», apontou o administrador ao Jornal Têxtil.

O grupo tem também vindo a apostar em novas áreas de negócio, nomeadamente a hotelaria, contabilizando já três unidades – duas no Porto e uma em Évora. Recentemente, anunciou a aquisição da Torre de Oeiras, um edifício inacabado de 13 andares que será recuperado e transformado num centro empresarial e de lazer e que vai ao encontro do que Vítor Magalhães Abreu tinha já revelado ao Jornal Têxtil em maio. «Se tudo correr bem, em 2018 vamos abrir mais dois ou três hotéis em Portugal. Para Lisboa estamos a estudar esses três, que serão para o Centro, a Expo e Oeiras», adiantou. Esta área deverá ainda ser internacionalizada e atravessar o Atlântico. «Vamos abrir dois no Brasil, em Curitiba e Porto Alegre, em princípio em 2018», acrescentou o administrador da Endutex ao Jornal Têxtil.