As acções de recuperação de empresas registaram um aumento de 60% no primeiro semestre deste ano em comparação com o período homólogo de 2001, num total de 101 processos, noticiou o jornal Público. O estudo realizado pela Coface Mope revela «uma preocupação por parte dos gestores em manterem a actividade empresarial de forma a encontrarem novas soluções económico-financeiras capazes de evitar a sua insolvência a curto prazo». Durante o período analisado, o número de falências declaradas baixou 12% para um total de 670 empresas falidas. Entretanto, os processos de apresentação de falência aumentaram nos primeiros seis meses deste ano 121%, num total de 73. Para a Coface Mope, este é um «sinal de alerta», e que «poderá vir a engrossar o número de falências declaradas judicialmente». As acções de requerimento de falências seguiram esta mesma tendência ao aumentarem 66% para 571, considerando que a empresa tenderá a «manter este comportamento crescente à semelhança do verificado em 2001, altura em que registou um crescimento de 160%» relativamente a 2000. Relativamente a sectores, o comércio por grosso e agentes de comércio lideram o número de falências com 128, apesar de terem registado no ano anterior uma queda de 28%. Em relação ao sector têxtil, este registou uma quebra de 44%, com 14 empresas falidas. A liderar com o maior número de empresas falidas está o Porto com 177 falências, apesar de ter apresentado um decréscimo de 3% relativamente ao ano anterior, ao contrário de Lisboa, que aumentou o número de falências em 14%, para um total de 163. A seguir na listagem está Braga com 74 empresas falidas e Aveiro com 69. No que se refere aos empresários em nome individual, registou-se também uma queda no semestre de 27%, enquanto as sociedades por quotas registaram mais 26 falências do que nos primeiros seis meses de 2001. Finalmente, as sociedades anónimas registaram uma diminuição de 20%.