Em nome do pai

Num sector conotado há muito como a joia da coroa, há sangue novo a pulsar. Os negócios de cariz familiar dedicados aos têxteis-lar estão a integrar as novas gerações, que encaram a vida empresarial com uma visão fresca, mas mantendo os valores que fizeram a reputação destas empresas aquém e além-fronteiras.

Ano novo, nova edição do Jornal Têxtil. Em janeiro, o seu jornal de sempre – que celebra 20 anos de existência em 2017 – faz o retrato das novas gerações que estão a chegar ao sector dos têxteis-lar. Com bons resultados em 2016, empresas como a Bovi, Crispim Abreu, JF Almeida, Alda Têxteis e Mundotêxtil estão a preparar o futuro e têm já a segunda ou terceira geração a partilhar o leme do negócio. Conheça estes novos empresários, que estão a levar as empresas fundadas por pais ou avós para o século XXI, mas mantendo-se fiéis às histórias de sucesso gravadas pelas gerações anteriores.

Também a Satinskin é um negócio deste novo século. A empresa dedica-se exclusivamente à estamparia digital, orgulhando-se de ser a única estamparia digital de raiz em Portugal, como sublinhou o seu CEO, Carlos Costa, numa entrevista onde revela ainda os novos investimentos e as metas traçadas para chegar a clientes de todo o mundo.

E como para manter a indústria de boa saúde, a formação é essencial, falamos com Sónia Pinto, diretora-geral do Modatex – Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confecção e Lanifícios, sobre a oferta formativa e o mais recente serviço de validação e certificação de competências, um serviço de que a Plano Corte e a Bee Target já usufruíram, como revela o fundador de ambas as empresas, Gonçalo Rigaud de Sousa.

Nesta primeira edição do ano, fique ainda a conhecer as propostas para o outono-inverno 2017/2018 da Fitecom, que está a introduzir um conceito inovador na sua oferta, assim como os passos acelerados que a produtora de malhas MMRA –-Maria Madalena da Rocha Azevedo & Filhos está a dar nos mercados internacionais, um espaço de expansão que está a ser igualmente explorado pela Triwool, que, depois de ter conquistado a Europa com a confeção “made in Portugal”, está a apontar baterias aos EUA.

E por falar em internacionalização, há feiras importantes no caminho das empresas portuguesas neste início de ano, como é o caso da Ispo Munich. A feira dedicada ao universo do desporto contará, em fevereiro, com um número recorde de expositores portugueses, vários dos quais com produtos destacados no fórum ISPO Textrends, que premeia os mais inovadores. Da Alemanha para França, a feira de tecidos Texworld terá, pela segunda vez, a companhia da Avanprint, uma feira dedicada à estamparia digital, enquanto na Apparel Sourcing Paris será possível encontrar cerca de 300 expositores com soluções de aprovisionamento de proximidade e de quantidade.

Fique também a par da investigação que se faz em Portugal, nomeadamente com o projeto Auxdefense, que está a utilizar materiais auxéticos para criar uma nova geração de fardas militares, e no mundo, como os corantes extraídos das folhas caídas no outono e o novo têxtil desenvolvido por investigadores da Universidade de Stanford.

Espreite ainda as quatro tendências que o gabinete de tendências WGSN preconiza para o outono-inverno 2018/2019, com os conceitos que irão moldar as coleções de moda, mas também o design de interiores e os têxteis-lar, assim como os números que estão a moldar a conjuntura nacional e o comércio internacional da indústria têxtil e vestuário.

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