Raissa Reis é a mentora deste novo projeto iniciado no Brasil aquando da Licenciatura em Ergonomia corria o ano de 2016. «Esta ideia surgiu numa cadeira final do curso, quando a professora nos pediu que pensássemos num problema ergonómico e de que forma poderíamos resolvê-lo», conta ao Portugal Têxtil.
Foi a pensar no desconforto que a maior parte das etiquetas das peças de vestuário causam nos consumidores que Raissa começou a pensar numa etiqueta digital e num aplicativo onde se pudesse armazenar toda a informação.
Há cerca de três anos veio viver com os pais para Portugal, inscreveu-se na Universidade do Minho para fazer o Mestrado em Design de Comunicação e, durante a pandemia, decidiu tirar da gaveta o projeto que iniciara no país onde nasceu. «Com o covid-19, o universo digital ganhou mais destaque. Basta olharmos para o exemplo dos restaurantes que deixaram de ter ementas físicas e passaram a ter QR Codes para que os clientes pudessem aceder aos cardápios», explica.
App inovadora
Foi exatamente a partir dessa ideia que Raissa Reis criou a EasyTag. Trata-se de uma app que pode ser descarregada nos smartphones, sistemas Android ou Apple, e utilizada tanto pelos consumidores, de forma gratuita, ou por marcas e empresas de confeção mediante uma proposta de valor.
«Estamos em processo de negociações com algumas empresas de confeções em Guimarães, Vila do Conde e Barcelos. A EasyTag quer trazer toda a informação das peças de vestuário para o online de forma que nunca se perca. Haver um histórico onde a qualquer altura se possa consultar as características e composições. Este é também um projeto que ajuda a minimizar o impacto ambiental na moda, porque além de se evitar uma etiqueta física, também se prolonga a durabilidade do vestuário», destaca a fundadora.