A reorganização do Nextil, que inclui a consolidação das unidades produtivas em Espanha, vai permitir reforçar o seu compromisso com a inovação e a sustentabilidade, segundo o grupo, criando uma única unidade produtiva, maior, para a Dogi e a Ritex, que até agora tinham, cada uma, a sua própria fábrica.
O Nextil Group tinha já reestruturado a parte comercial, que funciona atualmente por unidades de produto – luxo, desporto, swimwear, lingerie e saúde – em vez de depender de cada centro de produção. O objetivo é oferecer um serviço mais completo ao cliente, já que este poderá colocar encomendas abrangendo tecidos, vestuário e tingimento sustentável junto de apenas um interlocutor.
«Estas mudanças pretendem consolidar a nossa empresa como um grande grupo têxtil ao impulsionar os nossos pilares de crescimento: a sustentabilidade e a inovação», explica Manuel Martos, diretor-geral do Nextil Group. «A nossa equipa de sustentabilidade está continuamente em busca de soluções para reduzir o nosso impacto no ambiente», afirma.
Esta reorganização produtiva e comercial deverá igualmente permitir reforçar o posicionamento face à inovação, até porque, sublinha o diretor-geral, o Nextil tem «diferentes projetos de investigação com várias universidades e empresas tecnológicas europeias que em breve deverão ser conhecidos». Estes projetos, adiantou Manuel Martos, centram-se essencialmente na criação de tecidos técnicos e altamente especializados, assim como em maquinaria inovadora para otimizar e reduzir o consumo de energia e recursos durante a produção têxtil.
Crescer em várias frentes
Atualmente, o Nextil Group conta com quatro unidades produtivas. Além de Espanha, tem uma fábrica nos EUA e dois centros de produção em Portugal – a Sici93 e a Playvest.
No primeiro semestre deste ano, o Nextil Group registou um volume de negócios de 30,2 milhões de euros, o que representa uma queda de 13% face ao mesmo período do ano passado, apesar de no segundo trimestre ter assistido a uma forte recuperação (+120% em comparação com o mesmo período de 2020). O Ebitda (lucros antes de juros, depreciação e amortização), contudo, registou um crescimento de 103% nos primeiros seis meses deste ano face ao período homólogo de 2020, para 2,8 milhões de euros.