Dez anos depois de ter chegado a Portugal para fazer Erasmus com Maria Gambina, David Catalán é já um nome de referência em Portugal, ao mesmo tempo que constrói um percurso singular no estrangeiro, onde concentra a quase totalidade das suas vendas.
«O nosso maior cliente é a Alemanha, depois os EUA e, em terceiro lugar, a Coreia do Sul», revela o designer ao Portugal Têxtil. O mercado europeu vale atualmente 50% das vendas da marca David Catalán, sendo os restantes «30% para os EUA, 15% para a Coreia do Sul e os 5% que sobram para o resto do mundo», esclarece.
Estas vendas têm sido alavancadas pela presença, há cinco estações, na Semana de Moda de Homem de Milão, onde o designer tem sempre «um feedback muito bom, porque somos uma das cinco marcas jovens apoiadas pela Câmara da Moda, estamos no calendário oficial – o que aconteceu desde a primeira vez que estivemos lá», indica David Catalán.
Há ainda toda uma envolvente favorável ao negócio que é alimentada pelo designer. «Estamos a trabalhar. Temos um showroom em Milão e fazemos feiras em Paris. A feira em Paris está dedicada ao mercado extracomunitário e o showroom em Milão está feito para o mercado europeu», indica.
A tudo isto soma-se o Portugal Fashion, que tem apoiado o designer nas suas incursões internacionais. Aliás, considera David Catalán, a presença na passerelle portuguesa – primeiro no Bloom, a plataforma dedicada aos novos talentos, e, mais recentemente, no calendário principal – «foi muito importante. Fazer as duas passerelles – Portugal Fashion e Milão – também é importante, são as duas igualmente importantes. Cada uma traz as suas vantagens», realça.
Apontar aos EUA
Uma coleção que teve um feedback «bastante positivo» desde que foi apresentada em Milão, em janeiro passado. «Estamos a ter bastantes pedidos de peças para serem vestidas por pessoas ligadas ao mundo da música nos EUA e agora também nos estamos a focar um bocado nisso. Está a ser bastante requerida por alguns stylists, o que é importante para nós», confessa o designer.