A Endutex é uma das empresas nacionais que se adaptou e está a produzir artigos para a produção de EPIs, numa área de negócio que pode ter vindo para ficar, como revelou ao Jornal Têxtil o CEO da empresa, Vítor Abreu.
O vírus veio mudar os planos da indústria têxtil e vestuário portuguesa, que numa primeira fase procurou também contribuir, tal como a indústria de calçado, para o esforço nacional de combate ao Covid-19 e produziu, muitas vezes gratuitamente, fardas, máscaras e outros artigos de proteção individual para hospitais e outras entidades do sistema nacional de saúde. Fique a par das diferentes iniciativas encetadas pelas empresas destes sectores, como é o caso da Lameirinho.
As máscaras são o tema mais falado do momento e o CITEVE, responsável pela sua certificação, não tem tido mãos a medir com os inúmeros pedidos. O centro tecnológico já certificou mais de 802 artigos, incluindo as máscaras que a Adalberto está a vender com a Sonae. Neste âmbito, a plataforma online Springkode tem também aumentado a sua oferta, num trabalho de proximidade com diferentes fábricas nacionais, entre as quais a Vandoma, que está a produzir tapa-máscaras.
Já a João Pereira Guimarães manteve a laboração e está a voltar-se cada vez mais para os têxteis técnicos.
Fique ainda a par dos números da produção europeia e dos planos para uma reindustrialização na UE e uma retoma mais ecológica, assim como das dificuldades que o retalho enfrenta em diversos países europeus, como Espanha, França, Itália e Reino Unido. Ainda no Velho Continente, as grandes retalhistas Inditex e H&M estão a voltar a abrir as suas lojas, mas a retoma prevê-se atribulada.
No resto do mundo, conheça a situação da produção “made in USA”, que passa também pelas máscaras, com empresas como a Gildan a ponderar manter a oferta para EPIs. Já a indústria têxtil e vestuário da América Latina, nomeadamente de países como El Salvador, Honduras, Guatemala, Nicarágua ou Haiti, está em risco.
Em África, a luta é mesmo pela sobrevivência, incluindo na Tunísia, Egito e Etiópia, onde muitas marcas adiaram e até cancelaram encomendas. Em Marrocos, são as máscaras a nova aposta, para abastecer o mercado interno e externo.
O grande centro produtor da indústria têxtil e vestuário – a Ásia – está igualmente em crise, com países como a China, o Bangladesh, o Camboja, o Vietname, a Índia e a Turquia a enfrentarem novos desafios.
Desafio é também a palavra-chave no que respeita às feiras profissionais. Embora algumas estejam a optar por edições online, há quem não veja a hora de regressar ao palco físico e há já feiras programadas a partir de julho, incluindo as mais frequentadas pela indústria portuguesa. Saiba quais nesta edição do Jornal Têxtil, que está disponível online aqui.
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