O ambiente económico não está fácil, mas a proposta de valor da marca Cristina Barros continua a atrair novos clientes um pouco por todo o mundo. «Sentimos mais instabilidade especialmente no mercado europeu, há alguma indecisão, nota-se que os clientes estão um pouco na expectativa de perceber o que virá por aí em termos económicos, mas sentimos também que continuam a comprar e gostam imenso da coleção que estamos a apresentar», afirma Marco Costa, diretor comercial e financeiro da Cristina Barros.
«Os nossos clientes são fiéis, compram sempre e não tivemos quebras», realça, o que leva a marca a antecipar uma subida de 10% no volume de negócios de 2023.
A marca, que, além de Portugal, que representa 40% das vendas, tem em França, Espanha e EUA os seus principais mercados, continua a atrair novos clientes, «muito mais no mercado americano do que no europeu», reconhece Marco Costa.
Por isso mesmo, está a preparar, para o próximo ano, a presença em feiras profissionais no outro lado do Atlântico. «Vamos tentar fazer o máximo possível de feiras. Já fazemos showrooms com os comerciais, agora vamos avançar para as feiras», revela, ao Portugal Têxtil, o diretor comercial e financeiro da Cristina Barros. As cidades de Las Vegas, Nova Iorque, Chicago, Atlanta e o estado da Carolina do Norte são algumas das possíveis paragens neste périplo americano.
Ásia em expansão
Além dos EUA, a aposta na Ásia – onde tem um showroom em Hong Kong – tem igualmente gerado novos clientes. «Temos contactos, o showroom está a trabalhar bem e estamos a aumentar as vendas este ano», indica o diretor comercial e financeiro, que adianta que «estamos com a expectativa de aumentar o mercado e chegar a outras regiões na Ásia».
No total, a Cristina Barros – que esteve recentemente nas feiras internacionais Who’s Next, em Paris, Momad, em Madrid, e no português Modtissimo – está representada em 400 pontos de venda multimarca um pouco por todo o mundo, recusando a ideia de vender diretamente para o consumidor final, sobretudo porque «não queremos fazer concorrência aos nossos clientes», sublinha Marco Costa.
A produção nacional tem sido um trunfo para a Cristina Barros, que recorre aos recursos internos, mas também a uma rede de parceiros, incluindo «confeções que trabalham quase exclusivamente para nós», aponta o diretor comercial e financeiro. «O made in Portugal é a nossa bandeira e vamos mantê-la», realça.
À atenção na produção junta-se a qualidade e, cada vez mais, a sustentabilidade das matérias-primas, com foco em fibras orgânicas. «Esta combinação de características faz com que as coleções sejam cada vez mais procuradas e os clientes continuem fidelizados à marca», acredita Marco Costa.