Crise fica à porta

Apesar de ter havido um decréscimo nas vendas do comércio tradicional no ano passado, os centros comerciais detidos pela Neinver evoluíram de forma bastante positiva no mercado espanhol. De acordo com o director delegado da Neinver, Manuel Lagares, esta evolução deve-se à excelente localização e ao fácil acesso aos espaços geridos pela promotora no seu país de origem. A aposta na qualidade dos serviços e a opção das superfícies outlet, que são a primeira escolha de compra para 45% dos consumidores, são também enunciados por Lagares como factores de sucesso da empresa. Desta forma, as vendas totais dos centros comerciais detidos pela Neinver em Espanha, que detêm igualmente espaços em Portugal, Alemanha, França, Itália e Polónia, registaram um aumento de 16% em 2010, alcançando um volume de negócios de 720 milhões de euros. Relativamente à afluência de visitantes, esta cresceu em 8% relativamente a 2009, totalizando 40,1 milhões de pessoas. Manuel Lagares considerou 2010 um ano bastante positivo e muito completo para o sector retalhista e especialmente para a Neinver. Além do mais, o director delegado tem razões para mostrar-se satisfeito na medida em que durante as primeiras dez semanas de 2011 (até à primeira quinzena de Março) a afluência de visitas e vendas terão aumentado em Espanha entre 13% e 14% e entre 10% e 20% no resto da Europa. Quanto aos planos realizados, a Neinver implementou, no ano passado, 11 projectos em 5 países, enquanto em 2009 apenas 7 projectos em 4 países foram executados. Actualmente, a empresa gere 423.000 metros quadrados de superfície comercial. De pé assente em 2011, o director delegado conta que estão a trabalhar presentemente em 14 projectos que englobam um investimento de cerca de 150 milhões de euros e que passam pelo desenvolvimento internacional e pelo reforço da qualidade dos centros comerciais. «Acima de tudo queremos ser líder europeu nos centros outlet e alcançar uma quota de mercado de 17%. Esperamos que nos próximos três anos possamos chegar aos 485 000 metros quadrados de superfície comercial na Europa», conclui Manuel Lagares.