Crescimento imparável

As exportações da indústria têxtil e vestuário (ITV) portuguesa continuam a dar provas de vitalidade, com os números mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), analisados pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, a revelarem um novo crescimento em novembro: +3,5% de janeiro a novembro, para 3,935 mil milhões de euros. Um crescimento significativo que a ATP atribui, em grande parte, ao «esforço que tem vindo a ser desenvolvido na diversificação de mercados de destino, sobretudo em mercados não comunitários, para onde este sector exportou mais 10%», aponta Paulo Vaz, diretor-geral da associação, em comunicado. Tunísia (+36%), EUA (+16%), Angola (+12%), China (+11%) e Suíça (+10%) foram os destinos extracomunitários que registaram os maiores crescimentos. No entanto, nos primeiros 11 meses de 2013 os mercados comunitários continuaram a ser os maiores clientes da ITV portuguesa, com os três principais destinos – Espanha (+0,7%), França (+1,2%) e Reino Unido (+12%) – a comprarem mais. «Espanha continua a ser o principal destino, e apesar de algumas dificuldades económicas com impacto no consumo, as exportações para este mercado continuam a crescer», realça Paulo Vaz. Em termos de categorias exportadas, os maiores crescimentos registaram-se nos tecidos em malha (+11,6%), têxteis-lar (+8,7%), fibras sintéticas ou artificiais descontínuas (+7,4%), pastas, feltros e artigos de cordoaria (+6,9%) e vestuário e acessórios de malha (+6,5%). Já as principais quebras registaram-se nos artigos em seda (-48,8%), uma categoria pouco representativa no conjunto das exportações portuguesas da ITV (não representa sequer 1%), outras fibras têxteis vegetais (-19,9%), artigos de lã (-7%) e vestuário e acessórios exceto malha (-6,2%). No que diz respeito às importações, de janeiro a novembro de 2013 Portugal importou 2,98 mil milhões de euros de têxteis e vestuário, o que representa um aumento de 6,6% em comparação com o mesmo período de 2012. As matérias-primas compõem a maioria destas compras, com destaque para o crescimento dos artigos importados de algodão (+30,2%), tecidos impregnados (+14,6%), tecidos de malha (+13,8%) e tecidos especiais e tufados (+12,7%). A União Europeia continua a ser a principal fonte de aprovisionamento das empresas portuguesas do sector, num ranking liderado por Espanha, seguida de Itália, França e Alemanha, embora os mercados extra-UE estejam a reforçar a sua posição. Nos primeiros 11 meses de 2013, os cinco principais mercados de origem fora da UE – China, Índia, Paquistão, Indonésia e Bangladesh – aumentaram as suas vendas a Portugal, com crescimentos de 2,9%, 33%, 46%, 86% e 38%, respetivamente