Crescer com meias (bem) medidas

Com uma oferta variada – das meias de compressão para desporto aos artigos desenvolvidos para a moda – que permite chegar a diferentes clientes, a A. Fiúza está a aumentar o efetivo e a reforçar a capacidade produtiva, mas o objetivo é continuar a crescer de forma sustentada.

A variedade de artigos que sai dos teares da A. Fiúza é uma das grandes vantagens da produtora de meias, que com isso consegue chegar a uma gama diversificada de clientes.

«Dentro do sector das meias fazemos quase todos os segmentos», afirmou, ao Jornal Têxtil, o diretor comercial Pedro Fiúza, num artigo publicado na edição de abril (ver O negócio da moda). «Fazemos desde meias de compressão para desporto ou descanso, como fazemos também o artigo moda, pelo que os nossos clientes vão desde marcas conceituadas de moda a clientes para o segmento desportivo de alta performance», explicou.

Há, contudo, uma área em que a empresa, que exporta 100% da produção –praticamente para toda a Europa, com destaque para Escandinávia, Alemanha e Reino Unido – está a investir. «Continuamos com uma aposta muito forte nas meias de compressão, onde estamos bastante especializados, com novas matérias-primas funcionais. Acima de tudo é tentar elevar ao máximo a tecnicidade nas meias, aliada a novas formas de tricotagem, uma vez que dispomos também de maquinaria de última geração», revelou.

Juntamente com os investimentos que estão a ser feitos, o efetivo da A. Fiúza, que atualmente contabiliza 55 pessoas, está igualmente a aumentar. «Fruto de algum crescimento que temos registado, estamos a reforçar alguns sectores da empresa para, acima de tudo, tornar-nos mais competentes e podermos atuar com uma linha de clientes mais exigentes», admitiu Pedro Fiúza.

«Aquilo que tentamos fazer é tirar o máximo de produto, tanto das máquinas como da nossa competência e experiência. Contamos com uma equipa em que 60% dos nossos colaboradores trabalham há mais de 15 anos connosco e isso diz bem da competência que existe e da experiência que essas pessoas têm no nosso ramo de atividade. Isto dá-nos um know-how muito grande, de forma a poder servir os clientes e perceber as suas necessidades», sublinhou o diretor comercial.

Conjuntura favorável

Com um balanço positivo no ano passado, em que o volume de negócios aumentou 10%, para cerca de 3 milhões de euros, a A. Fiúza antecipa para o futuro «um crescimento sustentado, passo a passo. O objetivo é manter e crescer sustentadamente, rentabilizar ao máximo, produzir artigos de valor acrescentado», reconheceu o diretor comercial.

Pedro Fiúza vê ainda oportunidades na conjuntura atual. «Aquilo que se nota fundamentalmente, não num mercado específico, mas numa perspetiva global, é que o mercado está a dar oportunidade para que as empresas que tenham dinâmica, inovação e uma postura agressiva, de forma saudável, tenham a possibilidade de conseguir negócios, de aumentar os seus volumes de venda. Penso que estamos, de uma forma geral, numa boa fase para tentar explorar novos segmentos e novos mercados», concluiu.