Um ano depois de ter encerrado a sua fábrica de Madrid, despedindo 150 funcionários, a Cortefiel pretende agora dispensar mais 230 trabalhadores das suas Confecciones del Sur, fábrica de Málaga, no Sul de Espanha, de forma a terminar a sua produção de vestuário nesse local. Além disso,o retalhista de vestuário anunciou a venda de 50 por cento de sua pequena fábrica de Marrocos (que fazia calças) de volta para posse da holding da Pantco por 200 mil euros. A decisão ajudou a manter a competitividade da distribuição e do retalho, explicou a Cortefiel. Ana Maria Jimenez, chefeda comissãode trabalhadoras de Málaga, afirmou que a Cortefiel quer despedir no mínimo 230 do total de 400 da sua força de trabalho no local, onde fazem fatos de senhora e vestuário para a marca Pedro del Hierro e para a marca registada Cortefiel. «Eles disseram-nos que ficámos muito caros e que querem deixar a parte de produção, dependendo de como irão correr as negociações, poderão despedir todos os trabalhadores das fábricas», explica Jimenez. A Cortefiel e os trabalhadores irão iniciar negociações ainda esta semana, acrescenta Ana Maria Jimenez. Mas, entretanto não foi possível contactar as fontes oficiais da Cortefiel em Madrid. Em declarações, a Cortefiel avançou que a fábrica de Málaga representa «custos excessivamente elevados o que torna inviável a produção competitiva e rentável». A empresa afirmou pretender centrar-se em adqurir mais valor acrescentado e linhas de produtos diferenciados que possam ser produzidas rapidamente. Ana Maria Jimenez afirmou que os restantes 170 trabalhadores de Málaga estão no departamento de design e pesquisa e que a Cortefiel poderá manter esses postos, mas «não sabemos exactamente o que vai acontecer». A Cortefiel não anunciou para onde iria transferir a produção de Málaga, sendo que a empresa tem três fábricas em Marrocos e uma na Hungria.De referir que a Cortefiel emprega nove mil funcionários em todo o mundo e opera em mais de 1.500 lojas.