A Cordex – Companhia Industrial Têxtil SA, vai realizar um investimento de cerca de três milhões de contos no Estado da Baía, no Brasil, onde até ao final do ano vai construir três unidades fabris, designadamente de sisal, sintéticos e espuma. «Há muito tempo que projectávamos a instalação de unidades industriais no Brasil», refere Armando Pereira, o presidente da Cordex, empresa que se coloca como um dos grandes importadores de sisal produzido na Bahia, com compras anuais na ordem das 10 mil toneladas. A pouca contribuição do mercado nacional para a facturação da empresa, que dirige 95% da sua produção para o exterior, constitui a principal razão deste projecto de internacionalização, tendo ainda em conta que o Brasil permitirá margens mais atractivas, com o preço da mão-de-obra mais barata que no nosso país, onde esta já rareia. Acrescente-se ainda a importância da proximidade dos clientes, nomeadamente os Estados Unidos, Canadá, Europa, Norte de África e América do Sul. Neste contexto, o presidente da Cordex assinou em meados do passado mês de Fevereiro, no Porto, um protocolo com o Governo do Estado da Baía, apresentando como contrapartidas uma redução de 70% no imposto de renda (IRC) e uma isenção total de ICMS (IVA). Inicialmente está previsto as fábricas empregarem cerca de 400 pessoas directamente e perto de um milhar indirectamente, e quando for alcançada a velocidade de cruzeiro, em 2002 ou 2003, serão responsáveis por um volume de negócios que ultrapassará os seis milhões de contos. Acrescente-se que a empresa transferirá para o pólo industrial da Baía uma parte do equipamento de sisal destinado á nova unidade brasileira, enquanto as outras duas se orientarão para o fabrico de fibras sintéticas e de espuma para a industria automóvel, calçado e mobiliário.