O Reino Unido tem assistido a um verdadeiro “boom” de falsificações nos últimos tempos. Na origem deste problema encontra-se principalmente a conjugação de dois factores: o aumento da procura de artigos de luxo motivado pela vontade dos consumidores “imitarem” as suas celebridades preferidas e o clima económico adverso, que faz com que estes optem por artigos contrafeitos de preço muito inferior. Segundo dados da consultora Deloitte, o mercado de artigos contrafeitos movimenta anualmente 19 mil milhões de dólares (um crescimento de 1.000% nos últimos anos), provocando a perda de 4 mil empregos anuais. Apesar dos consumidores serem fortemente penalizados se transportarem para dentro do país artigos falsificados e da sua utilização poder implicar riscos sérios para a saúde, a tendência de crescimento deste tipo de flagelo encontra-se em alta acentuada. Segundo alguns estudos, o consumo médio de produtos de marca per capita serÁ de cerca de 350 euros durante os próximos dois anos nos mercados europeus, sendo que na faixa etÁria entre os 35 e os 44 anos, 30% dos consumidores gastarão 670 euros ou mais. O crescimento da contrafacção custarÁ milhões de euros de vendas perdidas às marcas dos segmentos mais altos do mercado. Apesar desta situação não ser nenhuma surpresa para ninguém, a percentagem de consumidores que estÁ disponível para adquirir uma carteira, um relógio ou um casaco falso é cada vez maior. Este dado traz inevitavelmente grandes impactos para a indústria. O desenvolvimento tecnológico e o aumento da procura por parte dos consumidores significam que a contrafacção continuarÁ a ameaçar gravemente a indústria de produtos dirigidos aos segmentos mais elevados do mercado. TrarÁ inevitavelmente prejuízos em termos de vendas perdidas e à imagem das marcas visadas, nomeadamente em termos da exclusividade de marca. A contrafacção tem sido levada a sério pelas autoridades por toda a Europa. Em França, os turistas que sejam apanhados com produtos falsificados podem ser multados até duas vezes o valor do produto original, enquanto que em ItÁlia, um simples artigo contrafeito pode custar 10.000 euros ao seu proprietÁrio. Muitos dos consumidores não estão suficientemente informados sobre as consequências do gasto que estão a efectuar para adquirir artigos contrafeitos. Muitas vezes, as redes de contrafacção estão intimamente ligadas ao crime organizado, A maior parte das marcas de luxo tem estruturas dedicadas a prosseguir rigorosos programas anti-contrafacção, utilizando também detectives privados, advogados e contabilistas para trabalhar com as autoridades locais e agentes alfandegÁrios no combate à produção, venda e exportação de produtos falsos. A contrafacção pode custar milhares de empregos por toda a Europa. Os principais produtores de falsificações são os países asiÁticos e sul-americanos. Os artigos mais populares são, por ordem crescente de importância, o vestuÁrio, calçado, relógios, artigos de couro e joalharia.